O mercado brasileiro da soja teve mais um dia marcado pela estagnação. Embora tenham ocorrido negociações pontuais em momentos favoráveis na Bolsa de Chicago, os volumes foram insignificantes, resultando em preços nominais nas principais praças de comercialização.
A disparidade entre compradores e vendedores continua a ser um grande obstáculo. A indústria apresenta ofertas acima da paridade de exportação, mas os produtores consideram esses preços abaixo do que deveriam ser. Como estratégia, muitos vendedores optam por reter seus grãos disponíveis, aguardando melhores oportunidades.
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Números
- Em Passo Fundo (RS), a saca de 60 quilos caiu de R$ 133,00 para R$ 131,00
- Na região das Missões (RS), o preço recuou de R$ 132,00 para R$ 130,00
- No Porto de Rio Grande (RS), o valor diminuiu de R$ 138,00 para R$ 137,00
- No Paraná (PR), a saca desvalorizou de R$ 133,50 para R$ 132,50
- No porto de Paranaguá (PR), o preço caiu de R$ 139,50 para R$ 138,00
- Em Rondonópolis (MT), a saca recuou de R$ 130,00 para R$ 129,00
- Em Dourados (MS), o preço caiu de R$ 128,00 para R$ 126,00
- Em Rio Verde (GO), o valor se estabilizou em R$ 128,00
Chicago
Os contratos futuros da soja na Bolsa de Mercadorias de Chicago (CBOT) fecharam a quinta-feira em leve baixa, com alta volatilidade. Os números positivos das exportações semanais dos EUA deram suporte aos preços, mas o mercado já começa a precificar o início de uma safra recorde no Brasil.
As exportações líquidas da soja dos EUA, referentes à temporada 2024/25, totalizaram 1.748.100 toneladas na semana encerrada em 12 de setembro, com a China liderando as importações, totalizando 973.900 toneladas.
Para a temporada 2025/26, as exportações somaram apenas 8.400 toneladas, abaixo das expectativas dos analistas, que projetavam entre 500 mil e 1,6 milhão de toneladas somadas às duas temporadas.
Apesar do clima seco, o atraso na semeadura no Brasil ainda não gera preocupação quanto ao potencial produtivo. A Conab divulgou recentemente sua primeira projeção para 2024/25, estimando uma safra em torno de 166,3 milhões de toneladas.
Os contratos da soja em grão com entrega em novembro fecharam com uma queda de 0,75 centavo de dólar, ou 0,07%, a US$ 10,13 1/4 por bushel. A posição de janeiro teve cotação de US$ 10,31 1/4 por bushel, também com perda de 0,75 centavo ou 0,07%.
Nos subprodutos, a posição de dezembro do farelo fechou em alta de US$ 0,20, ou 0,06%, a US$ 321,60 por tonelada. No óleo, os contratos com vencimento em dezembro encerraram a US$ 40,93 centavos, com alta de 0,62 centavo ou 1,53%.
Câmbio
O dólar comercial encerrou a sessão em queda de 0,68%, negociado a R$ 5,4232 para venda e a R$ 5,4212 para compra. Durante o dia, a moeda norte-americana oscilou entre a mínima de R$ 5,3959 e a máxima de R$ 5,4410.