O mercado brasileiro de soja apresentou preços regionalizados e movimentação travada. Os principais formadores das cotações internas operaram em direções opostas e acentuadas. O dólar subiu bem, mas Chicago recuou demasiadamente, prejudicando a comercialização.
– Passo Fundo (RS): a saca de 60 quilos baixou de R$ 173,00 para R$ 172,00
– Região das Missões: a cotação recuou de R$ 172,00 para R$ 171,00
– Porto de Rio Grande: o preço baixou de R$ 177,00 para R$ 176.00
– Cascavel (PR): o preço passou de R$ 171,00 para R$ 169,00 a saca
– Porto de Paranaguá (PR): a saca baixou de R$ 175,50 para R$ 174,00
– Rondonópolis (MT): a saca subiu de R$ 173,50 para R$ 175,00
– Dourados (MS): a cotação seguiu em R$ 164,00
– Rio Verde (GO): a saca recuou de R$ 167,00 para R$ 166,00.
Chicago e a soja
Os contratos futuros da soja negociados na Bolsa de Mercadorias de Chicago (CBOT) fecharam a segunda-feira com preços mais baixos. O cenário de aversão ao risco no mercado financeiro, a preocupação com a demanda chinesa e o início da colheita norte-americana pressionaram as cotações.
Com os temores em torno do grupo chinês Evergrande – gigante chinesa da construção civil e as consequências da grave crise pela qual atravessa a empresa, com impactos globais – o cenário financeiro iniciou a semana com baixa do petróleo e dólar firme, empurrando as commodities para o território negativo. Há ainda temor com a queda excessiva das vendas de soja americana à China.
As inspeções de exportação norte-americana de soja chegaram a 275.169 toneladas na semana encerrada no dia 16 de setembro, conforme relatório semanal divulgado pelo Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA). O mercado apostava em 250 mil toneladas. Na semana anterior, as inspeções de exportação de soja haviam atingido 193.429 toneladas.
Os contratos da soja em grão com entrega em novembro fecharam com baixa de 21,50 centavos de dólar por bushel ou 1,67% a US$ 12,62 1/2 por bushel. A posição janeiro teve cotação de US$ 12,71 3/4 por bushel, com perda de 21,25 centavos ou 1,64%.
Nos subprodutos, a posição dezembro do farelo fechou com baixa de US$ 2,40 ou 0,7% a US$ 339,80 por tonelada. No óleo, os contratos com vencimento em dezembro fecharam a 54,87 centavos de dólar, baixa de 1,39 centavo ou 2,47%.
Câmbio
O dólar comercial fechou o dia em R$ 5,3320, com alta de 0,81%. O bom desempenho da moeda norte-americana deve-se, principalmente, às preocupações com a Evergrande.