Os dados da Produção Agrícola Municipal (PAM), divulgados nesta quinta-feira (14) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) não deixam dúvidas: a soja é a cultura agrícola que mais contribui para o valor de produção do agro no país.
Apesar da queda de 10,5% na produção em 2022, com um volume de 120,7 milhões de toneladas, o montante arrecadado pela oleaginosa cresceu 1,3% frente a 2021, chegando R$ 345,4 bilhões. A seguir vieram milho, cana-de-açúcar, café e algodão. Veja os detalhes:
De forma geral, considerando todas as culturas analisadas, o montante atingiu o recorde de R$ 830,1 bilhões em 2022, com alta de 11,8% em relação ao ano anterior. Assim, a soja representa 41,6% desse valor total.
“Além do recorde de produção de grãos, a manutenção do elevado patamar de preços das principais commodities agrícolas no mercado internacional contribuíram para uma alta de 6,6% no valor da produção do grupo dos cereais, leguminosas e oleaginosas, com um recorde de R$ 568,2 bilhões”, afirma Winicius Wagner, supervisor da pesquisa.
Com participação de 30,2% na produção nacional de grãos, Mato Grosso novamente foi o maior produtor, seguido por Paraná, Goiás e Rio Grande do Sul.
Mato Grosso supera São Paulo
Maior produtor de soja, milho e algodão, Mato Grosso foi a unidade da federação com maior valor de produção agrícola.
Em 2022, a produção do estado gerou R$ 174,8 bilhões, um acréscimo de 15,2%. Desta forma, aumentou sua participação nacional para 21,1%, e agora está à frente de São Paulo. Assim, mais de 1/5 do valor de produção agrícola nacional se concentra no estado.
Entre os municípios, Sorriso (MT) liderou pela quarta vez consecutiva, alcançando R$ 11,5 bilhões em valor da produção e respondendo por 1,4% do total nacional. Sorriso também teve o maior valor de produção em soja (R$ 5,8 bilhões) e milho (R$ 4,2 bilhões).