A safra de soja 2020/2021 deve ficar em torno de 128,57 milhões de toneladas e superar em apenas 3% a safra anterior, que alcançou 124.84 milhões de toneladas. A estimativa foi divulgada nesta sexta-feira, 12, pela Associação Brasileira dos Produtores de Soja (Aprosoja Brasil) e confirmada por levantamento da consultoria Pátria Agronegócios.
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A entidade ressalta que os números desta sexta contrastam com previsões mais otimistas divulgadas nesta semana pelo Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) e pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), que estimaram a safra brasileira 2020/2021 em 134 milhões de toneladas e 135.1 milhões de toneladas, respectivamente.
De acordo com o presidente da Aprosoja Brasil, os produtores estão enfrentando uma safra problemática, marcada pela estiagem no início do plantio, entre outubro e novembro, e por chuvas em excesso no momento da colheita da oleaginosa.
A produtividade da safra atual deve ser de 3.345 tons/hectare, 1% inferior à da safra anterior, que chegou a 3,379 tons/hectare. Já a área plantada será de 38.44 milhões de hectares, 4% superior à anterior, cultivada em 36,95 milhões de hectares.
“O excesso de chuva está comprometendo a nossa produtividade. Com tanta água no campo, os grãos estão brotando nas vagens. Esses números da Aprosoja Brasil refletem com precisão o que está acontecendo na maior parte das lavouras brasileiras. O momento é de preocupação por parte do produtor”, afirma Braz.
Em razão das chuvas, o presidente da Associação dos Produtores de Soja e Milho de Mato Grosso (Aprosoja MT), Fernando Cadore, enviou um ofício a Defesa Civil estadual para informar sobre a situação de calamidade de 21 municípios do norte do estado e pedir medidas nas localidades mais afetadas. O município de Sorriso, no Médio-Norte de Mato Grosso, já decretou situação de emergência devido às fortes chuvas.
Líder nacional da produção de soja, Mato Grosso colheu até o momento 80,16% das áreas cultivadas contra 96,86% da safra passada, conforme o boletim da Pátria Agronegócios divulgado nesta sexta-feira (12/3). Já no Paraná, o segundo maior produtor nacional, a colheita atingiu 36% contra 68% do ciclo 2019/2020, informa a consultoria.