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Soja Brasil

Soja: vantagem logística de SP não ameniza custos de produção, diz Aprosoja-SP

Presidente da entidade destaca preocupações com a safra, apesar de plantio estar significativamente mais avançado do que no ciclo passado

Apesar de contar com as melhores rodovias e o maior porto do país, o produtor de soja de São Paulo sofre igualmente com os altos custos de produção. Essa é a opinião do presidente da Associação Brasileira dos Produtores de Soja (Aprosoja-SP), Azael Neto.

“A logística do estado de São Paulo é privilegiada quando comparamos com os outros estados. Temos rodovias, ferrovias e o principal porto para o escoamento [da produção], mas isso também provoca uma maior competitividade em relação a outros fatores. Apesar de termos uma vantagem muito grande por conta da logística preparada, isso não elimina o fato de competirmos com altos custos também”, considera.

Segundo ele, mesmo com os Estados Unidos fazendo movimentos pela baixa do petróleo, o diesel tem se mantido como um componente oneroso na composição de custos do produtor de soja. “Também temos a dificuldade de disponibilidade de caminhões. Para se adquirir um novo a fila de espera é muito grande, então isso preocupa porque acabamos competindo nesse modal com outros estados”, enfatiza.

Situação do plantio

Nesta safra 21/22, o plantio da oleaginosa já está instalado em 92% da área no estado, de acordo com levantamento da última sexta-feira (19) feito pela consultoria Safras & Mercado. Em igual período do ano passado, a semeadura havia sido feita em apenas 50% do espaço destinado ao grão.

De acordo com Azel Neto, isso se deve à chegada antecipada das chuvas, bem como ao intervalo favorável entre as precipitações. Tais fatores beneficiaram a semeadura, diferentemente do que ocorreu em 2020.

“Em São Paulo, a soja tem tido um protagonismo muito grande nesses últimos anos. No passado ela vinha perdendo espaço para outras culturas, como a cana-de-açúcar e a citricultura. Porém, nos últimos anos, com o aumento da tecnologia e dos preços da soja, estamos ganhando espaço”, conta. “Tivemos neste ano um aumento de 8% [de área plantada] no estado de São Paulo e as perspectivas de produção são boas, mas o que nos assusta um pouco são os custos e os riscos a que os produtores estão expostos nesta safra em decorrência do cenário atual”, completa o presidente da Aprosoja-SP.

 

 

 

 

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