NEGÓCIOS DO GRÃO

Soja tem dia com negócios pontuais no Brasil; leia a análise completa

Os preços se mantiveram firmes no porto, impulsionados pela valorização de Chicago

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Foto: CNA/divulgação

Os negócios com soja no Brasil foram pontuais nesta quinta-feira (7). O porto de Rio Grande foi uma das exceções, com bons lotes movimentados. Os preços ficaram firmes no porto, favorecidos pela valorização de Chicago. Ainda assim, no geral, foram poucas indicações no dia.

Segundo a Safras & Mercado, várias tradings estão fechando, ou quase fechando, o programa do ano. Embora as cotações no mercado interno estejam fortalecidas, quem tem soja disponível está segurando o produto à espera de melhores preços.

Preços no país

  • Passo Fundo (RS): R$ 137, aumento de R$ 2
  • Missões (RS): R$ 136, aumento de R$ 2
  • Rio Grande (RS – Porto): R$ 145, aumento de R$ 2
  • Cascavel (PR): R$ 139, aumento de R$ 1
  • Paranaguá (PR – Porto): R$ 146, aumento de R$ 3
  • Rondonópolis (MT): R$ 154, aumento de R$ 2
  • Dourados (MS): R$ 140
  • Rio Verde (GO): R$ 138, aumento de R$ 3

Chicago

Os contratos futuros da soja negociados na Bolsa de Mercadorias de Chicago (CBOT) fecharam a quinta-feira em forte alta, liderados pelos ganhos superiores a 4% do óleo. Informações de menor produção de óleo de palma na Malásia e o aumento na demanda da Indonésia impulsionaram as cotações do óleo.

Além disso, há a expectativa de que a vitória de Donald Trump resultará em tarifas adicionais ao óleo recuperado da China, com maior demanda doméstica nos Estados Unidos para fabricação de biodiesel.

A alta do óleo ajudou na recuperação do grão, também respaldada pela boa demanda por grãos americanos. As exportações líquidas norte-americanas de soja, referentes à temporada 2024/25, com início em 1º de setembro, somaram 2.037.200 toneladas na semana encerrada em 31 de outubro. Analistas esperavam exportações entre 1,2 milhão e 2,2 milhões de toneladas.

USDA

O relatório mensal de novembro do USDA, que traz as estimativas para a oferta e demanda mundial de soja, será divulgado nesta sexta-feira (8), às 14h. Para a safra e os estoques finais de soja dos EUA em 2024/25, espera-se uma estimativa de 535 milhões de bushels, abaixo dos 550 milhões previstos em outubro.

Em relação à produção, a previsão é de uma safra de 4,553 bilhões de bushels, inferior aos 4,582 bilhões projetados no mês passado. Para os estoques globais finais de soja em 2024/25, estima-se um número de 134 milhões de toneladas, levemente abaixo dos 134,7 milhões de outubro. Já os estoques finais globais de soja em 2023/24 devem ficar em torno de 112,3 milhões de toneladas, ligeiramente abaixo dos 112,4 milhões do mês anterior.

No que diz respeito à China, as importações de soja no mês de outubro somaram 8,09 milhões de toneladas, um aumento de 56% em relação ao mesmo mês de 2023. No acumulado de 2024, as importações chinesas atingiram 89,94 milhões de toneladas, representando um avanço de 11,2% sobre o ano passado.

Contratos futuros da soja

Os contratos da soja com entrega em janeiro fecharam com alta de 22,50 centavos de dólar, ou 2,24%, a US$ 10,26 1/4 por bushel. A posição março teve cotação de US$ 10,37 1/2 por bushel, com ganho de 22,75 centavos, ou 2,24%.

Nos subprodutos, o farelo de soja com vencimento em dezembro fechou com alta de US$ 0,10, ou 0,03%, a US$ 298,50 por tonelada. O óleo de soja, com vencimento em dezembro, fechou a 48,32 centavos de dólar, com alta de 1,98 centavo, ou 4,27%.

Câmbio

O dólar comercial encerrou a sessão estável, sendo negociado a R$ 5,6757 para venda e a R$ 5,6737 para compra. Durante o dia, a moeda norte-americana oscilou entre a mínima de R$ 5,6334 e a máxima de R$ 5,7229.