O produtor rural Oli Fiorese começou na agricultura na década de 1980, no Paraná. De lá para cá, a soja ganhou protagonismo em sua vida, levando-o a se mudar para o município de Água Fria de Goiás, em Goiás.
Na região, a propriedade de sua família, a Fazenda Nossa Senhora de Aparecida, é tida como modelo de sustentabilidade.
“Fazemos agricultura de precisão todo ano, então tudo o que é necessário ao solo, temos aplicado. Pensamos que é preciso fazer para ele se manter cada vez mais sustentável e produtivo, para que dê retorno financeiro ao longo de várias décadas”, afirma.
As futuras gerações e a soja
Para o produtor, é fundamental que se pense no solo desde o início da produção, focando na capacidade de retenção de água e de matéria orgânica.
“É um conjunto de várias ações que precisam ser feitas, mas diria que as mais importantes são a preservação dos mananciais, manter intactas as reservas [legais] e colaboradores que tenham a ciência da importância de fazer essas ações”.
Fiorese ressalta que é essencial pensar nas próximas gerações, em netos e bisnetos. “Temos que ter esse ideal na cabeça: não é só extrair, precisa repor e preservar a natureza”.
Pensar no futuro é algo que já traz frutos ao produtor. Isso porque depois de formados, os filhos decidiram seguir com o negócio da família. Assim, a nova geração implementou novas tecnologias à produção do grão, levando a propriedade a conseguir um grande feito: a certificação internacional de produção de soja sustentável.
“Os filhos são jovens, têm uma cabeça muito mais aberta, com maior conhecimento de tecnologias, o que faz e já está fazendo muita diferença na agricultura brasileira. Esse jovem está vendo que precisa preservar. Se eles estiverem ao seu lado desde o início, percebendo a importância de devolver ao solo o que foi tirado, o futuro é promissor”.