A partir de 1º de julho até 30 de setembro está proibido o plantio e a manutenção de plantas vivas de soja em lavouras de sequeiro no Tocantins. O governo do estado, por meio da Agência de Defesa Agropecuária (Adapec), lembra que a medida, conhecida como vazio sanitário, previne e controla a ferrugem-asiática, principal praga da cultura.
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O responsável técnico do Programa Estadual de Ferrugem Asiática, Cleovan Barbosa, explicou que a agência realizará ações de monitoramento e fiscalização no campo, a fim de garantir a obediência da norma.
A Adapec alerta os sojicultores que a responsabilidade pela eliminação de todas as plantas vivas de soja, voluntárias ou não, é exclusivamente dos produtores ou dos ocupantes da área, e havendo a presença delas, os produtores são obrigados a eliminá-las por meio químico ou mecânico. A não eliminação fica sujeita a sanções previstas em lei.
Excepcionalidade do vazio sanitário
Durante o período proibitivo do vazio sanitário, os cultivos excepcionais de soja para fins de pesquisa em terras altas e produção de soja sementes, sementes para uso próprio e pesquisa/ensino nas Planícies Tropicais sob sistema de subirrigação estão autorizadas no Tocantins.
Nesta safra 2023/2024, a área plantada de soja sequeiro no Tocantins foi de 1.418.595 hectares. Foram cadastradas na Adapec 2.793 propriedades com cultivo da oleaginosa no estado.
É importante lembrar que a ferrugem-asiática é causada pelo fungo Phakopsora pachyrhizi e se dissemina rapidamente entre as plantações através do vento. Os maiores prejuízos causados são a redução da produtividade, já que causa desfolha precoce nas plantas, impedindo que os grãos de soja se formem completamente.