O plantio da soja norte-americana começou de forma satisfatória, sem adversidades aparentes. No mercado, há bastante otimismo a respeito da produção estadunidense.
Para completar o cenário internacional, o conflito entre Israel e Irã ameaçou os preços do petróleo e entregou tensões sobre a cotações da oleaginosa. O dólar foi diretamente impactado.
Veja, agora, o que esperar dos preços da soja nesta semana, de acordo com a análise da plataforma Grão Direto:
Plantio da safra norte-americana:
O plantio da soja nos Estados Unidos já teve o seu início e está adiantado no comparativo com o ano passado. As boas condições para plantio projetam um bom início de safra no curto prazo, colocando uma pressão negativa em Chicago.
Vale ressaltar que os fundos continuam muito vendidos no complexo soja e que qualquer ruído de possível quebra do ciclo norte-americano gerará oportunidades de vendas momentâneas para a safra brasileira.
Expectativas da safra norte-americana:
Aproximadamente 18% das áreas de soja da nova safra norte-americana estão em condições de seca, 2% a menos quando comparado ao ano passado.
A cultura é favorecida, mas o preço não. Chuvas previstas para boa parte do cinturão agrícola do país podem reduzir ainda mais esse índice e levar a mais quedas na Bolsa de Chicago.
Panorama chinês:
Os Estados Unidos exportaram 50% menos soja para a China. Apesar do gigante asiático ter apresentado um número de PIB do 1º trimestre melhor que o esperado, o mercado coloca como pilar para uma retomada da demanda chinesa os estímulos econômicos liberados pelo partido chinês.
O mercado imobiliário da China continua sendo um desafio preocupante. “Com isso, o cenário de uma retomada econômica que estimule um forte consumo continua distante, deixando sobre o mercado um sentimento baixista para commodities em geral”, avalia a Grão Direto.
De acordo com a plataforma, o cenário para o preço da soja não é dos mais otimistas. Para a perspectiva nacional, o dólar exerceu forte influência sobre o preço da soja e, como resultado, a soja norte-americana esteve em queda, em oposição a um grão brasileiro em alta.
“O dólar tende a encontrar resistência para apresentar novas altas tão significativas no curto prazo. Portanto, poderemos atravessar uma semana de baixa no mercado físico, acompanhando Chicago”.