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Soja Brasil

Veja o que pode impactar os preços da soja nesta semana

No cenário interno, o avanço na colheita pode trazer alguma pressão para as cotações para a próxima semana

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Foto: Pixabay

O mercado internacional ainda tenta digerir os dados trazidos pelo Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA), que trouxe um maior aperto dos estoques norte-americanos. No cenário interno, o avanço na colheita pode trazer alguma pressão para as cotações para a próxima semana.

Acompanhe abaixo os fatos que deverão merecer a atenção do mercado de soja na semana que vem. As dicas são
do analista da Safras Consultoria, Gil Barabach.

– Depois de uma semana volátil, a soja tem dificuldade de assumir direção em Chicago. Operadores digerem relatório do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA), que apontou queda nos estoques norte-americanos e mundiais. O fato é que o mercado segue vulnerável à volatilidade financeira, enquanto espera a chegada, efetiva, da safra brasileira. A posição Mai/21 tenta sustentar a linha de 13,70/bu na CBOT/;

– O feriado de Ano Novo Lunar na China, que começa nesta sexta, 12 e vai até o próximo dia 17 de fevereiro colabora com falta de direção. A expectativa no pós-feriado é que a China migre seu fluxo de compra dos EUA para a América do Sul, com destaque ao Brasil;

– Essa mudança de comportamento deve tirar demanda dos EUA e refletir negativamente sobre as cotações em Chicago. O contraponto são estoques norte-americanos muito baixos (relação estoque-consumo projetada em 5,2%), que tende a inibir as investidas de baixa;

– O foco do mercado deve se voltar para o andamento da safra na América do Sul, especialmente a oferta brasileira. As chuvas da última semana não prejudicaram os trabalhos de colheita do Brasil, sendo, inclusive, benéficas as
lavouras do Rio Grande do Sul;

– E o atraso inicial dos embarques tende a ser compensado gradualmente, especialmente a partir de abril. A projeção é que o país exporte 83 milhões de toneladas ao longo da temporada 21/22, repetindo a performance do ano passado. E isso vai exigir uma aceleração dos embarques, superado a lentidão inicial da colheita, com natural impacto sobre a logística;

– Dólar vive crise de direção. Operadores acompanham a possibilidade de ajuste negativo, com novo pacote de ajuda nos EUA. Porém, continuam cautelosos frente à depreciação fiscal no Brasil. A queda na atividade, o aumento da
inflação e as dúvidas em relação ao comprometimento fiscal devem continuar influenciando o real frente ao dólar;

– Mercado interno de soja continua muito firme, diante da pouca disponibilidade física. O avanço da colheita deve trazer alguma pressão as cotações. Por outro lado, o elevado percentual de venda antecipada serve como contraponto as investidas de baixa;

– Nesse cenário, uma operação interessante é travar venda no físico e se proteger da alta no financeiro, via um contrato de opção de compra (call).

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