O mercado brasileiro de soja manteve os preços em baixa nesta quinta-feira (11). Sem muitas novidades, os agentes aguardam os relatórios do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA), que são divulgados nesta sexta, às 14h.
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O lado vendedor, inclusive, possui alguma esperança de alta na Bolsa de Mercadorias de Chicago. Durante o dia, alguns lotes pontuais foram vendidos para a indústria, porém sem uma maior relevância.
- Passo Fundo (RS): caiu de R$ 126 para R$ 124
- Região das Missões: baixou de R$ 120,50 para R$ 116,50
- Porto de Rio Grande: diminuiu de R$ 130 para R$ 128
- Cascavel (PR): decresceu de R$ 118 para R$ 115
- Porto de Paranaguá (PR): desvalorizou de R$ 129 para R$ 126
- Rondonópolis (MT): declinou de R$ 123 para R$ 121
- Dourados (MS): baixa foi de R$ 113 para R$ 112
- Rio Verde (GO): recuou de R$ 118,50 para R$ 116
Soja em Chicago
Os contratos futuros da soja negociados na Bolsa de Mercadorias de Chicago (CBOT) fecharam a quinta-feira com preços mais altos.
Na véspera do relatório de janeiro do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA), a alta do petróleo e compras baseadas em fatores técnicos asseguraram a recuperação.
Entretanto, o cenário fundamental limita qualquer alta mais consistente. O bom desenvolvimento das lavouras na América do Sul – após perdas por estiagem no Brasil – e a fraca demanda para a soja norte-americana ainda são fatores que pesam sobre os contratos.
Relatório do USDA
O USDA deverá reduzir a sua estimativa para estoques finais e safra de soja em 2023/24 nos Estados Unidos. Os números serão divulgados na sexta,12, às 14h.
Analistas consultados pelas agências internacionais apostam em estoques americanos de 239 milhões de bushels em 2023/24. Em dezembro, a previsão ficou em 245 milhões de bushels.
Para a safra, a aposta é de um pequeno corte, passando de 4,129 bilhões para 4,123 bilhões de bushels.
Em relação ao quadro de oferta e demanda mundial da soja, o mercado aposta em estoques finais 2023/24 de 112,2 milhões de toneladas, contra 114,2 milhões de toneladas estimadas em dezembro.
Para a safra do Brasil, a aposta é de que o número recue de 161 para 156,3 milhões de toneladas. Para a Argentina, o mercado aposta em número de 48,9 milhões, acima dos 48 milhões indicados em dezembro.
Os estoques trimestrais norte-americanos de soja na posição 1º de dezembro deverão ficar abaixo do número indicado pelo Departamento em igual período do ano anterior. A projeção é de analistas e corretores entrevistados pelas agências internacionais, que indicam estoques
trimestrais de 2,982 bilhões de bushels.
Em igual período do ano anterior, o número era de 3,021 bilhões de bushels. Em 1º de setembro, data do relatório anterior, os estoques estavam em 268 milhões de bushels.
As exportações líquidas norte-americanas de soja, referentes à temporada 2023/24, com início em 1º de setembro, ficaram em 280.400 toneladas na semana encerrada em 4 de janeiro. Analistas esperavam exportações entre 335 mil e 1,1 milhão de toneladas.
Contratos futuros
Os contratos da soja em grão com entrega em março fecharam inalterados a US$ 12,36 1/2 por bushel. A posição maio teve cotação de US$ 12,48 por bushel, com ganho de 0,50 centavo ou 0,04%.
Nos subprodutos, a posição março do farelo fechou com baixa de US$ 2,10 ou 0,57% a US$ 362,20 por tonelada. No óleo, os contratos com vencimento em março fecharam a 48,72 centavos de dólar, com alta de 0,47 centavo ou 0,97%.
Câmbio
O dólar comercial encerrou a sessão com baixa de 0,32%, sendo negociado a R$ 4,8754 para venda e a R$ 4,8734 para compra. Durante o dia, a moeda norte-americana oscilou entre a mínima de R$ 4,8592 e a máxima de R$ 4,8948.