Com plantio praticamente finalizado, produtores de Mato Grosso temem que a estiagem possa comprometer a produtividade da safra. Em Diamantino, algumas lavouras precisaram ser replantadas, o que provocou atrasos e prejuízos.
O cenário na fazenda que Jacinto Amorim Neto gerencia é desolador. No mesmo talhão encontram-se plantas com dificuldades de emergir e outras com falta de umidade, reflexo de quase um mês de seca. Para piorar, a temperatura ultrapassa os 40 ºC. “Você vê que a semente foi bem tratada, tem semente querendo sair. Não sai mais porque ela perdeu totalmente a germinação e capacidade”, lamenta.
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A irregularidade das chuvas também preocupa o agricultor Rodrigo Konageski. Na temporada 2019/2020, ele plantou 9,7 mil hectares. Nas áreas afetadas pela estiagem, as perdas já começaram a ser calculadas. “Na soja de ciclo mais precoce, a perda é de até 20 sacas por hectare. Se é de ciclo maior, ela terá chance de recuperar-se, e a gente acredita que a perda será menor”, diz.
O presidente do Sindicato Rural de Diamantino, José Cazzeta, conta que há lotes em que metade da área recebeu chuvas e a outra, não. “Você vê o tempo e parece que vai se acabar em água. De repente, as nuvens somem e você não sabe para onde vai a chuva”, afirma.
O desempenho das lavouras no estado está sendo acompanhado pela Associação Dos Produtores de Soja e Milho de Mato Grosso (Aprosoja-MT). “Temos que deixar rodar essa safra e ver, porque todo ano tem algum problema. Este ano, em relação ao último, está sendo mais complicado durante o período do plantio”, destaca o presidente da entidade, Antônio Galvan.
A editora de Tempo do Canal Rural, Pryscilla Paiva, preparou uma previsão especial para a região. Confira abaixo!