O governo denunciou um atentado contra um gasoduto no sul do país, que provocou a diminuição em 10% do gás enviado ao Brasil, informou o presidente da Yacimientos Petrolíferos Fiscales Bolivianos (YPFB), Santos Ramírez. Ele atribuiu o atentado a grupos de “paramilitares, fascistas e terroristas”, supostamente organizados por forças opositoras.
O ministro da Presidência, Juan Ramón Quintana, anunciou que o governo mobilizará a partir desta quarta uma “maior presença” militar nas instalações petrolíferas para evitar “os atentados criminosos”.
O porta-voz presidencial, Ivan Canelas, disse que os opositores autonomistas querem que o governo reaja de forma violenta aos protestos e desejam provocar até “uma ou duas mortes” para poder ter uma bandeira contra Morales. Canelas garantiu que o Executivo não responderá a essa provocação e pediu ao Ministério Público que atue perante as desordens promovidas pelos radicais. Ele voltou a chamar a oposição para o diálogo, mas essa desconfia das convocações, já que antes não houve sucesso.
Os setores sociais próximos a Morales, como indígenas, camponeses e cocaleiros, iniciaram medidas de pressão contra os protestos das regiões autonomistas dos últimos dias com o bloqueio de uma estrada para a capital de Santa Cruz que poderia durar um mês, segundo dirigentes destes grupos.