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Protestos interferem nos embarques da safra de soja

Segundo administração do Porto de Paranaguá (PR), fluxo de caminhões está bem abaixo da média para o período; Porto de Santos segue com fluxo normal

Os protestos de caminhoneiros em rodovias brasileiras afetam a chegada de caminhões com soja e milho no porto de Paranaguá, um dos principais no embarque de grãos do Brasil, informou a autoridade portuária nesta terça, dia 24. Os caminhoneiros seguem em protesto desde a última quinta, dia 18, contra o aumento do preço do diesel e as tarifas de frete abaixo dos custos de transporte.

• Veja em quais rodovias ocorrem protestos

Nesta manhã, o porto tinha somente 45 caminhões em seu pátio, ante 900 veículos esperados normalmente nesta época de colheita. Os carregamentos de navios com grãos, neste momento em que normalmente as exportações brasileiras de soja começam a ganhar ritmo, devem atrasar, caso as manifestações continuem por mais tempo, refletindo diretamente na exportação.

– A Appa está se preparando para o momento em que ocorrerem os desbloqueios das estradas, pois haverá um acúmulo dos veículos parados para descarregamento em Paranaguá – diz a Administração dos Portos de Paranaguá e Antonina (Appa), em nota.

Em 2014, o porto respondeu por 16% da movimentação de soja em grão para fora do País, conforme dados da Associação Brasileira da Indústria de Óleos Vegetais (Abiove). Conforme a Appa, a greve está implicando em um volume mais baixo de cargas descarregadas no Porto de Paranaguá pelo modal rodoviário.

Bloqueios ainda não prejudicam chegada de soja a Santos (SP)

A Companhia Docas do Estado de São Paulo (Codesp) informou, por meio de sua assessoria de comunicação, não ter detectado até o momento problemas na chegada dos caminhões agendados para fazer o desembarque de soja no Porto de Santos, em virtude da paralisação de caminhoneiros e transportadores em rodovias brasileiras.

• Protestos interrompem fluxo de soja em rodovias em Mato Grosso

O fluxo de embarques em Santos também continua ocorrendo normalmente, já que os terminais com armazéns têm grãos que chegaram ao porto nas últimas semanas. A Codesp informou, entretanto, que está monitorando a evolução da paralisação pelo país.

Participantes do setor projetam que as interrupções do trânsito em rodovias devem trazer impacto na chegada de cargas em Santos em breve, já que boa parte dos grãos movimentados pelo porto vem do Centro-Oeste. Nesta terça-feira, eram esperados navios para carregar 1,17 milhão de toneladas de soja a granel.

Soja Brasil, com informações de Reuters e Estadão Conteúdo

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