Além das boas práticas agronômicas e do manejo integrado de pragas (MIP), é importante que o produtor adote o manejo integrado de doenças (MID), que envolve um conjunto de estratégias e táticas planejadas para controle de diversas patologias na lavoura.
Segundo o engenheiro agrônomo, professor da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) e consultor do Conselho de Informações sobre Biotecnologia (CIB), Marcelo Gravina, o foco do MID é a redução dos danos resultantes das doenças no campo e, como consequência, a manutenção da produtividade.
“Esse tipo de manejo começa com o conhecimento sobre a ocorrência de doenças na área de plantio, passa pelo monitoramento durante o ciclo de cultivo e vai até a avaliação dos controles realizados e de seu efeito na redução de danos e na produtividade”, destaca Gravina. As estratégias, de acordo com o especialista, envolvem a integração de controles físicos, químicos, biológicos, culturais e genéticos. Nesse último caso, um bom exemplo é o uso de variedades resistentes a doenças.
O conselheiro do CIB explica que os patógenos no campo são um grupo bem diversificado de organismos, formado por fungos, vírus, bactérias e nematoides. “Apesar do pequeno tamanho, eles têm capacidade de produzir populações numerosas e causar um grande estrago na lavoura.
Além disso, muitas vezes são resistentes, o que torna necessário o controle por mais de uma estratégia”, afirma. Outra dica que Gravina dá é a adoção da rotação de culturas, que ajuda a reduzir a população de patógenos e o risco de os fungicidas convencionais não serem efetivos.
Abaixo, você confere algumas das principais doenças que atingem plantações de soja e milho indicadas no site boas práticas agronômicas.