A produtividade estimada (1.388 quilos/hectare) se mantém, mas há lavouras finais com rendimento superior, podendo ainda haver alterações na média final do Estado. Os produtores estão colhendo e ofertando o produto para fazer caixa e pagar dívidas próximas, uma vez que os preços são atrativos. A comercialização no Rio Grande do Sul, na semana passada, permaneceu estável, mantendo o preço médio da saca de feijão preto em R$ 131,64, mas estando 34,2% acima da média histórica geral.
Trigo
O plantio do trigo não evoluiu de maneira satisfatória durante a semana passada. A inconstância do tempo, alterando períodos longos de alta umidade, tem prejudicado o andamento do processo. Em âmbito estadual, o percentual chega a 12% do total projetado, mesmo percentual verificado na safra passada nesta mesma época. Na média, este percentual deveria ser de 20%. Na região de Santa Rosa, uma das maiores produtoras, os agricultores estão preocupados com o atraso. Em termos de cotação, a saca de 60 quilos do produto teve pequena desvalorização (-0,49%), ficando na média estadual a R$ 30,54.
Cítricos
Na região do Vale do Caí, aumentou rapidamente o volume colhido das frutas cítricas. Entre as bergamotas, a cultivar Caí já atinge 60% das frutas colhidas e a Ponkan, 30%. A alta incidência da mosca-das-frutas também tem apressado a colheita das laranjas, bastante atacadas pelas pragas. As cultivares Umbigo Bahia e Céu Precoce já estão em final de colheita, com percentual de frutas colhidas de 90% e 85%, respectivamente. A qualidade das frutas cítricas continua muito boa, graças às boas condições climáticas atuais e ocorridas durante a fase de desenvolvimento.
Hortaliças
Há uma produção abundante de hortaliças folhosas, mas a alta umidade do ar, favorecida pela ocorrência de precipitações no período, intensificam o ataque de doenças fúngicas. Na região Sul, em algumas propriedades, houve danos devido à chuva forte e ao granizo. Na região Noroeste Colonial, durante a semana passada, houve intensificação do transplante das espécies folhosas. Os preços começam a dar sinal de baixar, embora ainda haja procura por parte das escolas para a alimentação de escolares.
Mandioca
As lavouras de mandioca estão com desenvolvimento normal. Em andamento, a colheita com boa produtividade e bom preço. Mandioca de primeiro ano passa a apresentar bom cozimento, em consequência das baixas temperaturas, o que favorece a comercialização. No Vale do Taquari, a colheita atinge 70% e o valor da caixa de 22 quilos varia de R$ 12,00 a R$ 13,00.
Pasto
Houve aumento de oferta de pasto, devido ao bom estabelecimento e desenvolvimento das pastagens anuais de inverno, especialmente as gramíneas aveia e azevém. Os agricultores seguem realizando os tratos iniciais necessários para o desenvolvimento das pastagens implantadas, principalmente adubação nitrogenada de cobertura, e piqueteamento dos potreiros.
Neste período, observa-se um incremento gradual diário no volume de leite produzido em praticamente todas as regiões produtoras do Estado. O principal fator responsável pelo aumento da produção de leite é a maior oferta de plantas forrageiras, com redução do suprimento de concentrados protéicos para complementar a alimentação dos animais, contribuindo assim para reduzir o custo de produção.