Dólar
O dólar comercial mostrou fortes oscilações nesta terça-feira, dia 13, e fechou em queda. Existe uma cautela entre os investidores já que o Federal Reserve – o banco central americano, também chamado de Fed – pode aumentar os juros dos Estados Unidos. Assim, o dólar variou entre R$ 3,301 e R$ 3,335, mas no final do dia terminou cotado a R$ 3,309 para venda, um recuo de 0,09% em relação ao dia anterior.
Soja
Nesta terça-feira, o mercado interno da soja foi de movimentação razoável em algumas regiões do país. Em um dia de bastante volatilidade, a bolsa de Chicago e o câmbio chegaram a operar juntos no campo positivo, porém depois recuaram. De acordo com a consultoria Safras & Mercado, foram registrados negócios no Rio Grande do Sul, Mato Grosso, Minas Gerais e São Paulo, com vendas mais moderadas. Veja o fechamento dos preços aqui.
Os analistas continuam de olho nas condições do tempo nos EUA e o chamado “mercado climático” permanece. Os boletins meteorológicos indicam uma quantidade de chuva e temperaturas favoráveis ao desenvolvimento inicial das lavouras.
Milho
Mercado sem negócios reportados. O produtor rural aguarda um avanço mais evidente da colheita e o real efeito da “super safrinha” sobre a comercialização para tomar decisões. O oeste do Paraná ameaça um inicio de colheita mais forte, mas devido ao clima os trabalhos devem avançar apenas no final do mês de forma mais acentuada. Segundo a Safras & Mercado, em Mato Grosso a comercialização segue lenta com o produtor tentando vender o milho ao preço mínimo e aguardando novos leilões. O volume realizado pelo governo ainda é baixo para garantir sustentação de preços no estado, diante do tamanho da safra local.
Nos Estados Unidos, o foco segue puramente climático no curto prazo.
Trigo
Os analistas voltam as atenções para a evolução de plantio do trigo para a próxima temporada. De acordo com o Departamento de Economia Rural (Deral) a evolução da semeadura atinge 75% da área prevista para o estado, sendo que o norte e o oeste do estado praticamente finalizaram os trabalhos. Das lavouras plantadas, 98% delas encontram-se em boas condições, enquanto 2% estão em situação regular. No Rio Grande do Sul, a evolução segue um pouco melhor ao longo desta semana, tendo em vista o clima mais seco. Contudo, o plantio segue significativamente atrasado, podendo ter reduções de área, a fim de não impactar a semeadura da safra verão.
Em caso de uma diminuição mais acentuada da produção gaúcha, há possibilidade de recuperações de preços no mercado interno, tendo em vista uma menor oferta. No entanto, um câmbio mais favorável à importação do cereal poderia minimizar esta expectativa de alta.
Café
A Safras & Mercado indica que as cotações do café no mercado físico recuaram diante da queda na bolsa de Nova Iorque, já que o risco de geadas no cinturão cafeeiro do Brasil diminuiu, e com câmbio mais fraco. Fatores técnicos também contribuíram para a baixa.
O produtor continua preocupado com a instabilidade do clima durante esta semana, que pode atrapalhar a colheita e a secagem do café. Por ouro lado a possibilidade de geada nas áreas produtoras está descartada por enquanto.
Boi
Alguns frigoríficos permanecem ausentes da compra de gado, avaliando que as escalas de abate já estão bastante confortáveis, resultando em estoques cheios. O mercado físico do boi gordo ainda se depara com pressão de baixa no decorrer desta semana. Já a Scot Consultoria indicou que na abertura do mercado desta terça-feira o cenário foi de maior firmeza e, em poucos casos, houve até registros de alta.
Feijão
A colheita segue em andamento em diversas regiões produtoras, mas para alguma delas o volume de feijão novo ainda é pequeno. As perdas registradas nas lavouras, devido ao excesso de chuva e geadas, não foram suficientes para elevar os preços no mercado, apesar destes valores já estarem mais elevados do que no início desta safra. Essa situação acontece por conta da perda de qualidade no produto.
Previsão do tempo
Nesta quarta-feira as instabilidades se afastam do Paraná, apenas no leste do estado e nordeste de Santa Catarina é que existe a possibilidade de chuva fraca. Nas demais áreas do Sul do país a presença de uma massa de ar seco garante o tempo firme. As temperaturas seguem em elevação e não há risco para formação de geadas.
No Sudeste ainda tem bastante instabilidade atuando e pancadas devem ocorrer principalmente na parte da manhã no estado de São Paulo e a qualquer hora do dia no sul de Minas. No Rio de Janeiro, sul do Espírito Santo e no Triângulo de Mineiro a chuva ocorre de forma isolada e com baixos acumulados. Nas demais áreas o sol predomina ao longo do dia e não há condição para chuva. As temperaturas seguem em elevação, devido ao enfraquecimento da massa de ar frio.
No Centro-Oeste as áreas instabilidade perdem força, mas ainda tem nebulosidade espalhada por Mato Grosso do Sul e na metade sul de Goiás. Nestas áreas pode chover a qualquer momento, mas sem potencial para volumes expressivos. Nas demais áreas o tempo segue firme, com temperaturas agradáveis no amanhecer e sensação de tempo abafado na parte da tarde.
No Nordeste a quarta-feira é de nebulosidade em toda a área litorânea e também em parte do norte do Maranhão. Nestas regiões existe a condição para pancadas de chuva a qualquer momento e em pontos isolados. Nas demais áreas nordestinas o tempo seco predomina e a sensação é de calor e tempo abafado na parte da tarde.
No Norte do Brasil, áreas de instabilidade continuam provocando chuva no Amapá, em Roraima, no norte do Amazonas e do Pará. Nas demais áreas o tempo segue firme. A sensação de calor na parte da tarde continua em todos os estados.