Quebra da safra de soja deixa 2012 com preços recordes, aponta Cepea

No final do primeiro trimestre, valores do grão nos mercados interno e externo já caminhavam para patamares recordesNo início de 2012, produtores de soja já temiam significativa quebra na produção diante da forte estiagem que castigou as lavouras da América do Sul nos principais períodos de desenvolvimento do grão - decorrência do fenômeno La Niña. Com isso, no final do primeiro trimestre, pico de colheita no Brasil, os valores da soja nos mercados interno e externo já caminhavam para patamares recordes, comportamento atípico para o período, segundo pesquisadores do Centro de Centro de Estudos Avançados em Ec

No final do primeiro semestre, os estoques já estavam baixos no Brasil e a demanda, aquecida. Enquanto esse cenário favorecia vendedores brasileiros, consumidores internos, como indústrias esmagadoras, no final de junho especificamente, já começaram a procurar soja em países vizinhos.

No início do segundo semestre, produtores intensificaram o fechamento das compras de insumos para a temporada 2012/2013; no Centro-Oeste, essas aquisições já estavam em fase final, assim como a comercialização antecipada desta safra.

Traders e indústrias ainda precisavam de soja para cumprir contratos, e vendedores pediam preços sucessivamente maiores, que acabavam sendo pagos. O indicador Esalq/BM&FBovespa (produto transferido para armazéns do porto de Paranaguá) registrou valorização de 53% no ano, porém, desde 25 de setembro, o valor do indicador não tem mudado devido à falta de negociações – a metodologia do índice prevê que seja considerada a média das últimas negociações, as quais ocorreram até o dia 25 de setembro de 2012.

Ao ser convertido para dólar (moeda prevista nos contratos futuros da BM&FBovespa), o indicador subiu 39,9% no ano. Quanto à média ponderada das regiões paranaenses, refletida no Cepea/Esalq, subiu significativos 52,2% em 2012.