Quebra na safra de soja do RS prejudicará produção de biodiesel e óleo para consumo humano

Grão menor repercute no peso final do produto entreguePor falta de chuva, algumas regiões do Rio Grande do Sul têm apresentado grão de soja de tamanho menor, repercutindo no peso final do produto entregue, o que terá efeito direto na economia do Estado. O presidente da Federação das Cooperativas Agropecuárias (Fecoagro), Rui Polidoro Pinto, alerta que a quebra reduzirá a capacidade do grão na produção de biodiesel e óleo para consumo humano.

– Serão 12 milhões de toneladas de grãos a menos circulando na economia. As cooperativas já estão perguntando se vai haver nova prorrogação de prazo para pagamento de financiamentos nos bancos – informa Polidoro.

O presidente da Fecoagro acredita que a inadimplência começará a aparecer em julho, quando os financiamentos de máquinas e o custeio de safra estarão vencendo, após a prorrogação concedida pelo governo federal.

– Infelizmente, a soja terá um baque no valor bruto de produção. O quadro não é o mesmo em todo o país, mas na região Sul o problema existe e, além da quebra quantitativa, as deficiências qualitativas se transformarão em perda econômica – avalia Polidoro.