O ano de 2012 será lembrado como o grande momento para os produtores brasileiros de grãos. Os preços foram recordes e a demanda ficou muito aquecida. Entre os produtos do complexo soja – farelo, óleo e grão -, o aumento no volume exportado até agora foi de 2,32%. No caso do milho, o crescimento foi de 96,30%. O grande diferencial é que a demanda se manteve aquecida durante todo ano, por conta das quebras de safra nos Estados Unidos e na Argentina.
Em novembro, houve redução de mais de 85% no volume exportado de soja. O analista de mercado José Vicente Ferraz explica que o motivo foi estratégia de venda, ou seja, saiu muita soja antecipadamente.
De acordo com o presidente da Associação Brasileira do Agronegócio (Abag), Luiz Carlos Carvalho, esse processo de intercalar produtos em diferentes meses é benéfico e deve ser repetido em outros anos para potencializar as exportações.
Para a próxima safra, as perspectivas são boas para o Brasil. Há produto e demanda aquecidos para soja.
Já para o milho, é preciso superar entraves com a logística. O Irã, um dos maiores compradores do grão, está sofrendo embargo dos Estados Unidos. Com a medida, o Brasil exporta cada vez menos por conta das dificuldades na hora da conversão de moedas, visto que o pagamento é em dólar e precisa chegar aos produtores brasileiros em reais.