Queda na produção de café preocupa governo, diz Geller

Ministro afirma que não há previsão de recuperação neste anoO ministro da Agricultura, Neri Geller, afirmou que o governo está preocupado com a queda na produção de café, o que pode provocar um efeito negativo sobre a inflação. A Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) ainda não apresentou dados sobre o volume dos estoques públicos e privados deste ano, mas o ministro garantiu que eles estão baixos.

– A cultura que está nos preocupando é a do café, que pode ter um impacto na inflação porque os estoques tanto os públicos quanto os privados estão muito baixos. Não tem previsão de recuperação neste ano – afirmou Geller. Ontem, ele afirmou ao Canal Rural que o governo não leiloará sacas de café dos estoques oficiais.

A avaliação do ministro é de que o quadro “está consolidado” para este ano. A estimativa do governo é de que o café possa recuperar produtividade e tirar o impacto inflacionário negativo apenas a partir de 2015, caso o clima favoreça a plantação.

– Existe a possibilidade, se o clima for favorável, de a safra se recuperar no ano que vem. Mas esse ano não tem nenhum fator novo – disse.

Trigo

Uma preocupação menor do governo é o trigo. De acordo com o titular da Agricultura, com base no levantamento de safra da Conab, a produção do grão deve atingir 7,37 milhões de toneladas na safra 2013/2014. A alta de 33,4% sobre o ciclo 2012/2013 é apontado como um limitador ao pleito da indústria do trigo, que pede a retirada da Tarifa Externa Comum (TEC) sobre o cereal importado fora do Mercosul.

– Na reunião do mês passado da Camex (Câmara de Comércio Exterior) não isentamos a alíquota. Afirmamos que havia grande estoque no Rio Grande do Sul. Agora tem uma pressão (da indústria) para liberar, mas o produtor teve tempo para fazer a comercialização (da produção, deslocando trigo para o Paraná). Conseguimos acordo com as federações do Sul do país para que não fosse isentada a importação até o começo de junho. Agora a questão está andando e nós não temos uma resposta se vai ser liberada ou não – disse. 

Agência Estado