– O algodão está com problemas de partimento de fibra e a espessura está mais fina, justamente por causa do clima, que não permite que a planta trabalhe do jeito que precisa trabalhar, então impacta na indústria – explica o coordenador do Comitê de Algodão da Associação Brasileira de Indústria Têxtil (Abit), Alexander Kurre.
Com uma produção menor, grande parte do algodão nacional deve ficar no mercado interno.
– Essas 500 mil toneladas a menos de produção vão fazer com que se reduza a exportação, porque o mercado interno vai consumir entre 800 mil e um milhão de toneladas. A expectativa é de que os preços para os produtores estejam mais remuneradores – diz o diretor da Associação Nacional dos Exportadores de Algodão (Anea), Marco Antonio Aluísio.
O setor estima que a importação gire em torno de 200 mil toneladas neste primeiro semestre de 2013.
O coordenador do Comitê de Algodão da Abit destaca que ficou acordado com a Associação Brasileira dos Produtores de Algodão (Abrapa) a isenção do imposto de importação a partir de um determinado volume de algodão para que se possa comprar a partir do primeiro semestre. De acordo com Kurre, o índice Esalq já sofreu uma variação de 15% em Nova York desde o início do ano.