Nos últimos dias, especialistas da Floresta Nacional de Brasília (Flona) e agentes da Polícia Ambiental resgataram várias espécies, de pássaros raros a tatus e tamanduás. Gondi alertou que os impactos a médio e longo prazo são assustadores.
? Há um impacto terrível. Antes das queimadas os animais tinham um território, agora eles se veem obrigados a buscar outro local que está ocupado por animais, na maioria das vezes predadores. É um problema gravíssimo, pois os animais que mudam de habitat são expulsos do seu ambiente natural e enfrentam a escassez de comida ? disse o biólogo.
Apenas nos últimos dias, o ICMBio contabilizou 56 animais silvestres que tentavam escapar das queimadas na região da Flona. Foram recolhidos lobos-guará, tamanduás-bandeira, veados campestres e papagaios. Também foram acolhidos, machucados, um veado e um tamanduá-bandeira. Foram encontradas três cobras mortas.
Segundo Gondi, o animal silvestre, quando tem seu território destruído, sai em busca de outro local para viver. Quando o encontra e o local está sob domínio de espécies distintas ou até mesmo de animais da sua espécie, surge uma disputa por espaço. De acordo com ele, os animais passam a se enfrentar e sobrevive o mais forte.
? A média de uma queimada a cada dois anos é ruim para manter a sobrevivência das espécies ? advertiu.