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MP quer proibir uso de endosulfan no Brasil

Agrotóxico pode causar lesões no cérebro, nos pulmões e até mesmo a morteProibido em cerca de 60 países, o agrotóxico endosulfan ainda está sendo utilizado no Brasil. Porém, essa permissão pode estar com os dias contados. O Ministério Público entrou com uma ação contra a Anvisa para que a substância seja suspensa. Os agricultores dizem que o produto é eficiente no combate a pragas.

O insumo pode causar lesões no cérebro, nos pulmões e até mesmo a morte. Os riscos não ficam restritos a área da lavoura. A substância pode percorrer até 400 km levada pelo ar, contaminação que chega aos animais e também ao seres humanos.

? A Anvisa tem tido uma interlocução com outros órgãos do governo e burocracia não tem andado a contento. Por isso, estamos chamando a atenção que ela é agência de saúde e compete a ela suspender a utilização de maneira rápida e eficaz ? diz o procurador da República no Distrito Federal, Carlos Henrique Lima.

Desde 2008, a Anvisa tenta restringir a utilização da substância, mas o processo depende ainda do Ibama e Ministério da Agricultura. A medida é polêmica e envolve questões comerciais.

? O Brasil é um dos maiores consumidores e um dos poucos mercado remanescentes para essa molécula. Já que está proibido em vários países, o Brasil é o mercado ? avalia a gerente de normatização e avaliação da Anvisa, Letícia da Silva.

Genésio aplica o agrotóxico na lavoura e reclama que os substitutos do endosulfan não têm o mesmo efeito, por isso pode ter prejuízos.

? Hoje há vários produtos aí no mercado em que a praga tem que comer a planta para morrer e aí vai deixando falha na lavoura. Vai ter que ter um outro produto que não seja tão tóxico quanto o endosulfan, que controle essas pragas de solo ? diz o produtor rural Genésio Muller.

O Ministério da Agricultura afirmou que precisa debater a situação, mesmo que uma consulta pública sobre o assunto já tenha sido feita. Um projeto para o uso controlado da substância será apresentado e se proibição ocorrer de fato, os técnicos do Ministério devem pesquisar um substituto com efeitos similares.

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