Outra sessão teve início ainda na quarta no plenário, mas a lista de projetos indicados para apreciação era grande. Envolvia, por exemplo, a possibilidade de reabertura dos bingos, o Fundo de Combate e Erradicação da Pobreza e alterações na Lei Kandir.
O deputado Luis Carlos Heinze (PP-RS) salientou que seria preciso um total de 247 votos favoráveis ao novo Código Florestal.
? Para isso, teríamos de contar com mais de 400 parlamentares na Casa, mas temos pouca gente e não dá para colocar uma matéria polêmica como esta sem um quórum qualificado ? observou.
Porém, o deputado gaúcho não desiste. Disse que trabalhará nesta quinta para a votação do Código Florestal e, se não obtiver sucesso, retomará com o tema na terça-feira da semana que vem. Por mais que as palavras escolhidas fossem de otimismo, o tom da voz de Heinze era de desânimo enquanto conversava com a reportagem.
Nos corredores do Congresso, a avaliação dos deputados que representam o campo é a de que o tema ficou mesmo para 2011. A maioria, no entanto, não dá a batalha como oficialmente perdida.
O relatório do novo documento foi elaborado pelo deputado Aldo Rebelo (PCdoB-SP) e aprovado em julho pela Comissão Especial do Código Florestal. Segundo o parlamentar, a pressa da votação pelo Congresso explica-se porque o documento altera a legislação ambiental atual, que, segundo ele, impõe ilegalidade a cerca de 90% das propriedades agrícolas. Os deputados ambientalistas comemoram o enfraquecimento da bancada ruralista nesta questão.