Segundo o relatório, “o tamanho da colheita de cana em 2012 no Brasil é a mais importante variável na equação de quanto açúcar estará disponível para exportação, de quanto será utilizado em biocombustível” e ainda que “os preços dos derivados determinarão a parcela de produção de cana que será destinada a cada um”, informa.
O banco estima que, em 2012, o preço do açúcar deve ficar abaixo do praticado em 2011, mas a queda não será tão acentuada. A cotação média deve ser de 22 centavos de dólar por libra-peso, com suporte em 18 cents e máxima abaixo de 25 cents. Na avaliação do Rabobank, o fator determinante para a cotação do açúcar em 2012 será a capacidade de o Brasil suprir o mercado mundial com a colheita da próxima safra.
Mesmo com possível estabilidade no Brasil, a safra global 2011/2012 gerará, segundo o Rabobank, 174,5 milhões de toneladas de açúcar, alta de 5% ante a temporada passada, puxada pela boa produção da Rússia e da União Europeia. A instituição financeira espera um excedente mundial de seis milhões de toneladas de açúcar, o maior desde 2006/2007, o que, no entanto, não será suficiente para repor o déficit de 19,8 milhões de toneladas das três safras anteriores.
O Rabobank aponta que a volatilidade permanecerá forte até metade do ano que vem, quando já será conhecido o tamanho dos volumes produzidos na atual safra 2011/2012 no Hemisfério Norte e 2012/2013 no Brasil. O aumento da demanda de importadores e a produção de etanol no Brasil darão suporte ao mercado, segundo o banco.
Já a demanda global de açúcar crescerá 1,6% em 2012, em função dos preços baixos, o dobro do crescimento porcentual de 0,8% da temporada anterior e bem maior que os 0,3% de aumento médio das safras 2008/2009 a 2010/2011.