Rabobank vê tendência de baixa em preço internacional de fertilizante

Alta do dólar pode neutralizar efeito no Brasil, alerta o bancoOs preços internacionais de fertilizantes mostram tendência de baixa no próximo trimestre, demonstra o novo relatório  sobre o setor do Rabobank. O motivo da queda dos preços é o término do pico de compra de fertilizantes pelos produtores norte-americanos.

Além disso, a China deve elevar a oferta global de nitrogênio e fosfatados, aumentando ainda mais a pressão sobre as cotações internacionais de ureia, fosfato monoamônico (MAP) e fosfato diamônio (DAP). Em contrapartida, para os produtos nitrogenados, o agravamento da situação na Ucrânia pode reduzir a oferta global, amenizando assim a tendência baixista.

Com relação ao potássio, a tendência é de estabilidade nos preços nos próximos meses, após intensa queda. O controle dos estoques pela indústria internacional e a firme demanda brasileira podem promover algum suporte aos preços.

Para o Brasil, o Rabobank informa que existe a forte demanda por fertilizantes no início de 2014 sinaliza uma alta confiança do produtor nacional em relação a safra 2014/2015, cujo plantio de inicia em setembro. Entre janeiro e abril, as compras alcançaram cerca de 7,8 milhões de toneladas, aumento de 8,1% em relação ao mesmo período do ano passado.

As importações também cresceram no período, aumentando 27% em comparação com 2013. Como resultado, os estoques de fertilizantes no Brasil permanecem elevados. Segundo o banco, esse fato, aliado à queda nos preços internacionais de fertilizantes, pode promover um bom momento para a compra de adubo pelo produtor brasileiro nos próximos meses. O banco, no entanto, alerta que a alta do dólar pode anular o efeito de queda para os produtores brasileiros.

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