A cada ano, uma raça de corte é escolhida para ter um tratamento especial na feira, com direito ao melhor local para apresentação e maior número de animais em exposição. Este ano é da raça salers, cujos exemplares vêm crescendo na Europa.
De acordo com o presidente dos criadores da raça, Bruno Dufayet, ela vem crescendo pela rusticidade.
? A salers aumentou a qualidade maternal, e os pecuaristas querem qualidade. Além disso, o produto tem custo baixo e garante renda no final, já que gasta menos com concentrado ? explicou Dufayet.
O rebanho atualmente está estimado em 200 mil matrizes. É uma raça com aptidão para leite e carne. Entre os 18 e 20 meses, chega aos 450 quilos de carcaça. Na feira, a divulgação é completa. Há até mesmo venda de queijo com 100% de leite das vacas salers.
O foco é carne, mas o evento abre espaço para o leite. No setor, o destaque é a raça mombeliard, que produz em media 17 mil litros por lactação.
A Sommet de L’élevage é a chance de todas as raças conquistarem mercado, desde as menos expressivas como a partehenaise, do norte da França, e a Cascon, do sudoeste do país, até as conhecidas dos brasileiros como a blonde dactaine, que é a terceira maior em produção na França.
No Brasil, acontece uma retomada, com mudança de conceito. É o que explica Geronimo Negri, que trabalha com genética de melhoramento.
? O casamento perfeito de blonde com nelore tem um futuro importante no Brasil. O cruzamento com raça zebuína tem ganho de peso e menos custo. O Brasil quer carne com muito marmoreio para exportar em outras partes do mundo ? avaliou Negri.