Saccomano explica que o objetivo é fazer com que os produtores locais adotem o sorgo sacarino como mais uma opção de plantio durante o período da safrinha, em que geralmente cultivam outros cereais.
? Alguns produtores já plantam o sorgo, mas não a variedade sacarina, utilizada para a produção do etanol ? disse.
A Raízen estuda uma forma de pagamento que incentive os produtores goianos a plantarem o sorgo sacarino. Em Jataí, a Raízen não possui terras próprias e compra a cana de terceiros ou de parceiros, em terras arrendadas. O mesmo modelo deve ser usado para o plantio de sorgo.
A expectativa é de que já na próxima safra o plantio de sorgo sacarino atinja um mil hectares, com uma produtividade de 50 toneladas de sorgo por hectare. Com um rendimento industrial esperado de 40 litros de etanol por tonelada de sorgo, a produção deve ser iniciada com dois mil litros de etanol por hectare. Segundo Saccomano, tanto a colheita do sorgo como a produção do etanol nas usinas são parecidas com o processo realizado com a cana, sendo necessários apenas alguns pequenos ajustes.
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Para ele, embora a produtividade do sorgo seja a metade da cana, que faz 100 toneladas por hectare, o prazo entre o plantio e a colheita é muito menor que o da cana. Enquanto o sorgo fica pronto para ser processado em 110 dias, a cana demora, no mínimo, 12 meses.
O plantio do sorgo deverá ser realizado durante a entressafra. Desta forma, a produção de sorgo irá se somar à produção de cana, elevando o período de oferta de etanol. O primeiro plantio teste foi realizado em Jataí em 92 hectares.
? A colheita já começou e os resultados estão bastante positivos ? disse ele, afirmando que o uso de sorgo poderá ser estendido também para outras unidades da Raízen.
Inaugurada em 2010, a Jataí tem capacidade atual de processamento de cana de quatro milhões de toneladas e, nesta safra 2011/2012, irá moer 2,7 milhões de toneladas de cana.
