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Reação do câmbio às especulações eleitorais é limitada pelo Banco Central

Pesquisas sobre intenções de voto interferem no dólar, mas são menos claras, por causa da forte atuação do Banco Central na formação de preço da moedaO índice da Bolsa de Valores de São Paulo está à mercê dos resultados das pesquisas eleitorais que serão divulgadas nos próximos dias. A perspectiva de aumento nas intenções de voto para a presidente Dilma Rousseff não agrada os investidores. No pregão desta terça, dia 20, as ações de estatais ligadas ao governo, como Petrobrás e Eletrobrás, perderam mais de 3%. No mercado de câmbio, as especulações sobre uma possível reeleição da presidente também interferem no dólar, mas são menos claras, por

A interpretação aparente do mercado é que precisa haver uma mudança na Presidência do Brasil para mudar a política econômica. Diante disso, os investidores tentam se antecipar aos dados que vão ser divulgados pela pesquisa Ibope amanhã, dia 22, e no domingo,  dia 25, pelo Vox Populi.

No mercado de ações, os investidores têm acionado movimento firme de vendas a cada sinal de recuperação ou estabilidade nos votos para a presidente Dilma. Já no mercado de câmbio, o impacto da especulação sobre pesquisa eleitoral tem sido menor do que no Ibovespa, por causa do controle do Banco Central na moeda.

Para o economista e diretor executivo da NGO corretora, Sidnei Nehme, a interferência das especulações eleitorais é menos aparente, mas existe.

– O câmbio é o sensor maior do que o conjunto de tudo. Ele só não está representando isso (especulações eleitorais) porque está sendo conduzido rigorosamente pela interferência do Banco Central – afirma.

Nehme aponta tendência de alta para o dólar daqui para frente.

– A taxa vai subir gradualmente. Há recuo dos fluxos para o Brasil e, naturalmente, há reflexos para alta da moeda. A menos que a presidente Dilma assuma um compromisso irreversível de política econômica. Precisa haver menos intervenção do Estado na economia, reformas e objetivos mais claros e medidas mais horizontais do que verticais – conclui.

O  gerente de câmbio da Fair Corretora, Mário Batistel, confirma que o mercado tem reagido às especulações eleitorais.

– As especulações afetam, sim. O que temos sentido é que qualquer pesquisa que indica que a Dilma está perdendo faz com que o estrangeiro sinta mais confiança. Teoricamente,  viria mais dinheiro para o Brasil – pontua.  Sobre o câmbio, Batistel afirma que o Banco Central deve seguir com as atuações.

– Por enquanto até definir o cenário eleitoral, o governo vai continuar segurando o câmbio. Isso porque a inflação está batendo no teto da meta – analisa.

FLUXO CAMBIAL

O Banco Central divulgou nesta quarta, dia 21, o fluxo cambial, que está negativo em US$1,358 bilhão (até 06/05). As operações financeiras respondem por uma saída líquida de US$ 452 milhões, diferença entre entradas de US$ 25,456 bilhões e saídas de US$ 25,90bilhões.

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