A tendência é que o real se valorize frente ao dólar, afirmou o analista da Safras & Mercado Paulo Molinari durante sua participação no 1º Fórum Soja Brasil da safra 2019/2020, que aconteceu em Maracaju (MS), nesta sexta, dia 26.
Segundo o especialista, a projeção se apoia tanto em fatores internos como externos. “No âmbito doméstico, o grande problema antigamente se torna a solução: o governo. É notável as velocidades das ações deste governo. Enquanto as pessoas criticam, as coisas estão acontecendo”, diz.
Molinari afirma que o mercado financeiro precifica esses avanços. Ele relembra que o Ibovespa bateu os 106 mil pontos, algo nunca registrado na história do país, e que 50% do movimento na bolsa é de capital estrangeiro. “Os capitais já estão vindo, e isso sem as coisas acontecerem direito, como a aprovação da reforma da Previdência”, afirma.
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O analista citou que economistas consideram que o Brasil pode ter um ritmo de crescimento muito mais forte do que em 2006/2007, quando a economia mundial bombava. “E o câmbio vai refletir isso”, frisa. Para ele, a moeda norte-americana pode chegar a R$ 3,50/R$ 3,60 entre o fim deste ano e início do próximo.
Mas não é apenas o cenário doméstico que pode mexer com o câmbio. Segundo Molinari, já é consenso que, na próxima semana, o Banco Central americano deve anunciar quedas nos juros do país, deixando também viés para novas baixas no futuro. “Isso desvalorizaria o dólar no mercado internacional”, explica.
