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Receita com exportação de couro soma US$ 1,3 bi até setembro

Setor não deve manter atual ritmo de exportação devido à desvalorização do dólarO Centro das Indústrias de Curtumes do Brasil (CICB) informou nesta sexta, dia 22, que a receita com vendas externas de couros no acumulado dos nove primeiros meses do ano atingiu US$ 1,3 bilhão, alta de 65% em relação ao mesmo período de 2009. Em setembro, as exportações somaram US$ 127,7 milhões, queda de 17%. Em volume, os embarques de peças de couro aumentaram 15% no ano até setembro, mas caíram 16% ante agosto e 20% na comparação com setembro de 2009. Os dados da entidade foram baseados nas

? Levando em conta os últimos três meses deste ano, chegamos à conclusão de que dificilmente o setor curtidor conseguirá manter o ritmo atual de exportar US$ 160 milhões/mês, devido ao contínuo aumento do enfraquecimento da moeda norte-americana que vem castigando duramente a indústria curtidora ? afirmou o presidente do CICB, Wolfgang Goerlich, em nota.

Além da depreciação do dólar ante o real, Goerlich ainda cita outros fatores que acabam prejudicando o desempenho das exportações do setor, como altas taxas de juros nacionais, pesada carga tributária, falta de capital de giro, burocracia e ‘apagão logístico’ dos portos. Nesse último tema, o CICB informa que os prejuízos estimados com a superlotação, altos custos e demora nos portos, estão entre US$ 150 milhões e US$ 200 milhões.

Destinos

Os quatro principais mercados do couro brasileiro nos nove primeiros meses do ano foram a Itália, com receita de US$ 284,73 milhões, aumento de 63% ante o mesmo período de 2009 e com representação de 21,80%; a China, com receita de US$ 281 milhões, 47% a mais do que os nove primeiros meses de 2009 e porcentual de 21,51%; Hong Kong, com receita de US$ 156,9 milhões, elevação de 49% e 12% de participação, e Estados Unidos, com US$ 145,26 milhões, incremento de 119% e representação de 11,12%.

Já no ranking dos maiores Estados exportadores nacionais de couros, São Paulo segue na liderança, com US$ 384,3 milhões, aumento de 112% e participação de 29,43%, seguido pelo Rio Grande do Sul (US$ 339 milhões, crescimento de 58% e porcentual de 25,96%), Ceará (US$ 125,13 milhões, incremento de 49% e representatividade de 9,58%) e Paraná (US$ 124,17 milhões, alta de 92% e participação de 9,51%).

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