? A valorização cambial continua a reduzir a competitividade do produto no mercado externo, mas felizmente os preços aumentaram bastante, oferecendo uma importante compensação ? disse o presidente da entidade, Pedro de Camargo Neto, em nota distribuída por sua assessoria.
Já o volume exportado em agosto teve leve alta, de 2,63%, com 47.689 toneladas embarcadas.
No acumulado do ano até agosto, as exportações de carne suína, em volume, ainda apresentam queda, de 7,17%, com 361.157 toneladas. De janeiro a agosto de 2009, o Brasil havia vendido 389.052 toneladas. A receita cambial, no entanto, somou US$ 885,443 milhões, alta de 14,82%, com preços médios 23,69% superiores – a US$ 2.452 a tonelada – ante o mesmo período do ano passado (US$ 1.982/t).
Os principais mercados da carne suína brasileira, em agosto, foram: Rússia, Hong Kong, Ucrânia, Argentina e Angola. Para a Rússia, no período, o Brasil vendeu 23.132 toneladas, alta de 38% ante agosto de 2009. Mas o aumento expressivo deu-se em receita, com avanço de 83,58%, para US$ 61,21 milhões. Já no acumulado de janeiro a agosto, as exportações de suínos para a Rússia somaram 165.841 toneladas (+45,92%), e US$ 453,08 milhões, crescimento de 51,17%.
Mercado interno
Camargo Neto, na nota, comentou, ainda, sobre a boa situação da carne suína no mercado doméstico.
? O ano de 2010 se caracteriza por forte demanda doméstica, o que viabiliza bons preços no mercado interno. O significativo aumento real do salário mínimo, nos últimos anos, e o crescimento da massa salarial fortaleceram a demanda doméstica por proteínas de maneira geral. A carne suína e seus derivados vêm ocupando importante espaço ? afirmou.
Segundo ele, a demanda mais aquecida por conta das festas de fim de ano já dá sinais de procura por cortes especiais para o período, contribuindo para o fortalecimento dos preços.