– O aumento na receita do ano safra até o momento em relação ao mesmo período da safra anterior está relacionado não apenas aos preços, que tiveram 33,3% de crescimento neste intervalo. Ele se deve também à qualidade do café exportado. Os cafés especiais já respondem por 29,9% do total. A expectativa é que essa tendência se mantenha ou tenha uma leve alta até o final da safra – afirma o diretor-geral da entidade, Guilherme Braga.
Em abril de 2012, a receita registrou queda de 30,7% em relação à apurada no mesmo período de 2011, ficando em US$ 479,158 milhões. Também neste mês, houve uma redução na ordem de 28,5% no volume exportado quando comparado ao apontado em abril do ano passado, totalizando 1,96 milhão de sacas exportadas. O relatório mostra que 86,6% do café exportado de janeiro a abril de 2012 foi da variedade arábica, 10,8% de solúvel, 2,4% de robusta e 0,2% de torrado e moído.
O Balanço das Exportações aponta ainda que, nos quatro primeiros meses deste ano, o principal mercado importador foi a Europa, que adquiriu 56% do total embarcado do produto brasileiro. A América do Norte respondeu pela compra de 20% do total de sacas exportadas, a Ásia por 17% e a América do Sul por 3%.
No período de janeiro a abril deste ano, a Alemanha liderou a lista de países importadores, com 1,63 milhão de sacas importadas (19% do total exportado), seguida pelos Estados Unidos, com 1,53 milhão de sacas (18% do total) e a Itália, com 890.462 sacas (10%). No quarto lugar está o Japão, com 609.010 sacas (7% do total) e finalmente a Bélgica, ocupando a quinta posição, com 601.566 sacas (7% do total).
As principais vias de exportação do café em abril de 2012 foram o porto de Santos, responsável pelo escoamento de 78% do produto, o porto de Vitória, que embarcou 12,0% do total e o porto do Rio de Janeiro, por onde saíram 7,5% do total.