Receita com vendas de defensivos cresceu 7% de janeiro a agosto

Crescimento foi impulsionado pelas culturas de cana, algodão, soja e café, além de pastagemAs vendas de defensivos agrícolas de janeiro a agosto deste ano proporcionaram aos fabricantes uma receita de R$ 6,039 bilhões, valor 7% superior ao registrado em igual período do ano passado, de R$ 5,652 bilhões. Os dados foram divulgados nesta segunda, dia 3, pelo Sindicato Nacional da Indústria de Produtos para Defesa Agrícola (Sindag), durante reunião da Câmara Temática de Insumos Agropecuários, do Ministério da Agricultura.

Segundo o Sindag, as vendas de defensivos foram impulsionadas pelas culturas de cana, algodão, soja e café, além de pastagem. O crescimento mais expressivo se deu nas vendas de inseticidas, que aumentaram 22% em relação aos primeiros oito meses do ano passado e atingiram R$ 1,983 bilhão. Os principais mercados dos inseticidas são café, soja, algodão e cana.

No caso dos herbicidas, as vendas no acumulado deste ano cresceram apenas 2% em relação ao mesmo período do ano passado e atingiram R$ 2,105 bilhões. Segundo o Sindag, houve queda nas vendas para os mercados de trigo e arroz, enquanto nas demais atividades a demanda cresceu.

O faturamento das vendas de fungicidas caiu 6% em relação ao ano passado, para R$ 1,512 bilhão. Houve queda nas vendas para os mercados de soja, milho, batata e hortifrutis. A demanda foi maior para café, tomate, feijão e algodão.

Na reunião desta segunda, a Associação para a Difusão de Adubos (Anda) detalhou os números relativos às entregas de fertilizantes ao consumidor final, que fecharam em 17,053 milhões de toneladas no período de janeiro a agosto deste ano, com um crescimento de 25,6% em relação ao mesmo período de 2010.

Segundo a Anda, as entregas de fertilizantes nitrogenados cresceram 25,6%, passando de 1,505 milhão de toneladas nos primeiros oito meses do ano passado para 1,890 milhão de toneladas no acumulado de igual período deste ano. A expansão se deve ao aumento de demanda para as culturas de cana-de-açúcar, café, milho safrinha, arroz e trigo.

Já as entregas de fertilizantes fosfatados (P2O5) registraram aumento de 26,2%. O volume passou de 1,905 milhão de toneladas nos primeiros oito meses do ano passado para 2,405 milhões de toneladas de janeiro a agosto deste ano. Segundo Anda, o aumento se deve ao crescimento da demanda para as culturas de soja, milho de verão e safrinha, trigo, plantio de cana-de-açúcar, algodão.

As entregas de fertilizantes potássicos (K2O) cresceram 25,3% e atingiram 2,697 milhões de toneladas, ante 2,153 milhões de toneladas dos oito primeiros meses do ano passado.

Mato Grosso lidera as entregas de fertilizantes, com um volume acumulado de 3,240 milhões de toneladas de janeiro a agosto deste ano, volume 22,4% superior ao registrado em igual período do ano passado. As entregas no Paraná somaram 2,387 milhões de toneladas, volume 26,2% acima do observado nos oito primeiros meses do ano passado. Maranhão registrou o crescimento mais expressivo, de 64%, e as entregas atingiram 247 mil toneladas no acumulado até agosto.

O presidente da câmara temática, Luiz Antonio Pinazza, diz que ainda é cedo para avaliar o impacto da alta do dólar nos custos do setor de insumos, que importa grande parte da matéria prima. Ele afirmou que os dados apresentados pelo setor indicam expectativas otimistas para este ano. O setor de medicamentos veterinários, por exemplo, cresceram 18% neste ano e atingiram R$ 2,080 bilhões.