Segundo Imea, arrecadação dos produtores do estado está maior que no mesmo semestre de 2014, alta do dólar é o principal motivo
A soja mato-grossense está mais competitiva internacionalmente em 2015, avalia o Instituto Mato Grossense de Economia Agropecuária (Imea), com dados das exportações brasileiras neste semestre. O principal motivo é o dólar, visto a receita por tonelada escoada em negociações com a moeda norte-americana estão bem inferiores ao que foi projetado.
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Segundo o Imea, o índice da receita em real indica patamares um pouco mais elevados em 2015, devido à taxa de câmbio, que desde março tem sido a protagonista sobre o preço no mercado interno. Em resumo, os compradores estão pagando menos pela soja em dólares e os vendedores estão recebendo mais em reais.
Escoamento
O primeiro semestre de 2015 acumulou o escoamento de 9,66 milhões de toneladas de soja em grão mato-grossense, indicando um atraso de 1,3 milhão de toneladas ante o mesmo período de 2014, indica o Imea. Porém, a janela de escoamento da soja deve se estender neste ano além do primeiro semestre e por isso essa defasagem pode ser compensada nos próximos meses.
Agosto decisivo nos EUA
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Os grandes volumes de chuvas ocorridos em junho e julho deste ano pesaram negativamente sobre grande parte das lavouras de soja norte-americanas. O último relatório do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) de condições das lavouras indica média abaixo à da última safra, porém, ainda assim com condições acima da média dos últimos cinco anos.
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Além disso, nem todos os estados estão com qualidade das lavouras inferiores à de 2014, como Iowa e Minnesota, que apresentaram até agora boas condições para o cultivo da soja. O mercado climático, como de costume para esta época, está ditando o ritmo dos preços em Chicago, conseguindo manter no curto prazo a tendência de alta.
No entanto, o clima de agosto é o principal parâmetro para a consolidação da safra de soja no país. Caso as previsões de boas condições para o próximo mês se confirmem, os preços podem mudar de direção, voltando a precificar o fundamento de uma grande safra que está por vir.
Com informações do Imea.
