Analistas consultados pela Thompson Reuters previam um lucro de US$ 1,57 por ação sobre faturamento de US$ 13,73 bilhões. Apesar do crescimento maior que o esperado da receita, o desempenho da companhia foi impactado pela alta acentuada dos gastos, segundo o informe de resultados. A margem bruta recuou de 6,5% para 4,5% no quarto trimestre, conforme os custos de produção aumentaram 32%.
O aperto da oferta global de grãos e oleaginosas e a intensa demanda por safras do mundo ocidental impulsionaram os resultados da companhia nos últimos trimestres. A Bunge previa um quarto trimestre mais forte devido em parte à colheita em andamento na América do Norte, que ajuda a aliviar a pressão sobre os estoques.
As vendas na divisão de agronegócios, que inclui comércio e processamento de grãos, subiram 34% no quarto trimestre, a US$ 11,11 bilhões. O setor de óleos comestíveis faturou US$ 2,29 bilhões e o de açúcar e bioenergia US$ 1,63 bilhão, alta de 16% e 24%, respectivamente.
– Em 2011, a Bunge produziu fortes resultados em muitos dos negócios, mas enfrentou significativas dificuldades em outros. No conjunto, os segmentos de agronegócios, óleos comestíveis e processamento geraram resultados anuais recordes de mais de US$ 1,1 bilhão. Contudo, a redução da produtividade da cana-de-açúcar no Brasil por causa do clima adverso impactou os volumes no setor de açúcar e bioenergia – disse Alberto Weisser, executivo-chefe e presidente da Bunge.
O grupo espera que a unidade de açúcar melhore neste ano, citando planos de cultivar um adicional de 50 mil acres com cana para abastecer as usinas.
– Em açúcar e bioenergia, prevemos uma melhora significativa no resultado. Planejamos processar entre 17 milhões e 19 milhões de toneladas de cana neste ano, o que fica abaixo da nossa capacidade industrial de 21 milhões de toneladas, mas representa um aumento substancial em relação ao nível de 2011, de quase 14 milhões de toneladas – afirmou ele. As informações são da Dow Jones.