Paste this at the end of the

tag in your AMP page, but only if missing and only once.

Recuo de preço dos grãos chegará ao consumidor em três meses, projeta Bradesco

Estimativa do banco para o Índice de Preços por Atacado (IPA) agrícola é de uma deflação de 3,34% em 2013As cotações de grãos sofreram recente queda no mercado internacional. De acordo com a economista do Departamento de Pesquisas e Estudos do Banco Bradesco, Ellen Regina Steter, o recuo visto no exterior deverá chegar aos itens vendidos ao consumidor em cerca três meses. Segundo a especialista, o movimento já está sendo sentido no atacado.

– Os grãos já estão entrando em deflação e isso traz um impacto positivo nos custos de produção da carne. Acreditamos que em aproximadamente três meses o consumidor vai sentir a queda dos grãos que está ocorrendo no atacado – explicou. As projeções do Bradesco para o Índice de Preços por Atacado (IPA) agrícola é de uma deflação de 3,34% em 2013, o que mostra a queda das cotações dos grãos ante uma inflação de 18,82% em 2012.

Para a alimentação em domicílio, pelo efeito mais demorado do movimento dos preços no atacado, Ellen avalia que o consumidor ainda terá sua renda comprometida. A expectativa do Bradesco é de uma inflação na alimentação em domicílio de 7,9% para 2013.

– No primeiro semestre, houve uma inflação de aproximadamente 15%. Categorias como bebidas foram as que mais contribuíram para esse resultado – água e bebidas não alcoólicas chegaram a uma inflação de 12% – informou.

Já para o IPCA, a economista citou uma projeção de inflação entre 5% e 6% para o ano. Com relação ao endividamento das famílias, comentou que há uma situação de alívio do comprometimento da renda das famílias, o que indica a recuperação do consumo nos próximos períodos.

Para o PIB nacional, Ellen espera um desempenho melhor do que em 2012, mas sem a euforia de 2010.

– Vamos crescer com mais consistência, com um porcentual de incremento por volta de 2,5%, até 3% – declarou. Segundo ela, em 2013, em comparação a 2012, houve uma queda do risco de eventos de ruptura no cenário internacional, e, no mercado doméstico, a aplicação de conjunto de estímulos à economia que já fazendo efeito benéfico.

– Estamos em momento de retomada do crescimento da economia brasileira. Além disso, a agricultura já está registrando um bom desempenho, após a seca do início de 2012, o que é bom para aliviar a pressão dos custos – comentou.

Ela também citou que, desde meados de 2011, a indústria nacional acumulou estoques e há um ano está em um processo de ajustes.

– Os estoques estavam altos e, por isso, houve a desaceleração da produção industrial. Hoje está mais próximo do normal. O que já traz um tom melhor para a indústria para o resto do ano – disse.

Para a taxa de juros, o Bradesco trabalha com uma Selic ao fim do ano de 8,75%. Sobre o câmbio, a previsão do banco era de dólar a R$ 2,05.

– Em virtude dos últimos movimentos da economia global e das medidas do governo brasileiro, estamos revisando esse valor. Passaremos nos próximos meses a considerar mais depreciação do real ante o dólar.

No Brasil, o movimento favorece exportação, mas pode impulsionar inflação.

– Acredito que o câmbio pode ficar mais próximo de R$ 2,10.

Ao fim de dezembro do ano passado, o dólar ficou em R$ 2,04. A economista participou, nesta quarta, dia 5, do 7º Seminário Setorial de Food Service da Associação Brasileira de Franchising (ABF).

Agência Estado
Sair da versão mobile