O tabaco é um dos principais produtos exportados pelo agronegócio brasileiro. Está em sexto lugar na lista de comercialização para outros países. Metade da produção está no Rio Grande do Sul, onde aproximadamente 30% dos agricultores tiveram prejuízos com as enchentes do fim de 2009 e início de 2010. Mas outro problema causa insegurança no setor.
Segundo a Associação dos Fumicultores do Brasil (Afubra), a preocupação maior é com as conseqüências de um acordo feito há cinco anos pelo Brasil com a Organização Mundial de Saúde (OMS). O país se comprometeu a reduzir o consumo de cigarros ? o que deve dificultar a comercialização do produto.
? No momento que houver uma redução no consumo, quem será atingido serão os produtores lá no final porque não tem mais a quem vender a produção ? afirma o secretário da associação Romeu Schneider.
O grupo propôs ao ministro da Agricultura, Wagner Rossi, a criação de um fundo, que receberia parte dos impostos arrecadados com o cigarro. Do total, 80% dos recursos iriam para os produtores e o restante, para os municípios que dependem economicamente da indústria fumageira.
? Está havendo uma diversificação, inclusive com a agroindústria. Mas nós acreditamos que o tabaco ainda é importantíssimo para os municípios da região e para o país ? afirma o prefeito da cidade gaúcha de Venâncio Aires, Airton Artus.