No encontro, realizado dos dias 12 a 17, em Seul, na Coreia do Sul, foram discutidas medidas para diminuir o número de fumantes no mundo e os riscos da exposição à fumaça do cigarro. Entre as iniciativas, algumas das mais controversas estavam nos artigos 17 e 18. O primeiro trata da promoção de alternativas economicamente viáveis à produção de fumo, e o segundo, da prevenção de danos ambientais e sanitários decorrentes da produção.
Se os artigos fossem incluídos no acordo, produtores teriam de reduzir a área de plantio de fumo e haveria restrições de crédito para os que não diversificassem o cultivo.
Decisão é considerada uma vitória pelos produtores
A retirada desses itens da Convenção Quadro – ao menos por enquanto, porque o tema deve voltar à pauta na próxima conferência, em 2014 – é considerada pela cadeia produtiva do tabaco como uma “vitória”, conquistada pela mobilização.
– Os países se deram conta de que restringir a produção não vai diminuir o número de fumantes, só prejudicar os produtores que dependem da cultura – disse Romeu Schneider, presidente da Câmara Setorial do Tabaco.
O dirigente integrou a comitiva gaúcha que foi à Coreia do Sul, incluindo quatro deputados estaduais e representantes de outras entidades do setor. Há quase duas décadas, o Brasil é o maior exportador e segundo maior produtor de tabaco do mundo. Um programa de diversificação do plantio foi implantado em 2005, segundo o Ministério do Desenvolvimento Agrário.
>>Veja a matéria original na versão digital da ZH impressa (conteúdo exclusivo para assinantes)