Redução de recursos para Pepro de milho é ajuste do governo

Ministro da Agricultura esclareceu que R$ 200 milhões retirados do milho foram deslocados para operações de algodãoO ministro da Agricultura, Neri Geller, afirmou nesta quinta, dia 25, que a redução nos recursos para a realização de leilões de Prêmio Equalizador Pago ao Produtor (Pepro) de milho não reflete falta de verba do governo para apoiar a comercialização de produtos agrícolas com preços abaixo do mínimo de garantia. Segundo ele, o "ajuste interno" ocorreu, porque a demanda pela subvenção está diminuindo.

– Eu não estou olhando os recursos. Nós estamos olhando para contemplar a produção – disse.

Segundo Geller, os R$ 300 milhões destinados à subvenção de milho serão suficientes para “contemplar toda a produção nas regiões que estão abaixo do preço mínimo”. Ele disse ainda que, “se for necessário, nós vamos realocar mais recursos”.

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Geller justificou a medida explicando que, no ano passado, dos R$ 700 milhões destinados aos leilões de Pepro de milho, apenas R$ 370 milhões foram de fato aplicados no pagamento de prêmios. Até agora, o governo comprometeu R$ 240 milhões em Pepro de milho, restando R$ 60 milhões disponíveis.

– Mas existem recursos que não são exercidos e voltam para o caixa do Ministério. Nós temos previsão de R$ 90 milhões a R$ 100 milhões para fazer Pepro de milho ainda – completou.

Trigo

O ministro voltou a dizer, ainda, que serão utilizados R$ 350 milhões para garantir o preço mínimo do trigo. Do montante, R$ 150 milhões serão negociados via Pepro e outros R$ 200 milhões serão aplicados para Aquisição do Governo Federal (AGF), que contribuirá para a recomposição dos estoques públicos. Segundo o ministro, os recursos serão suficientes para a compra de 300 mil a 400 mil toneladas do cereal.

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Agência Estado