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Região de Dekalb se destaca em pesquisas de melhoramento de grãos nos Estados Unidos

Desenvolvimento de variedades de milho começou no início do século XX na região, que pertence ao Estado de IllinoisPesquisas de melhoramento de grãos não são recentes na região de Dekalb, no Estado de Illinois, nos Estados Unidos. Na sede da associação de produtores rurais Dekalb Farm Bureau estão algumas amostras de uma trajetória ligada à pesquisa na agricultura.

O desenvolvimento de variedades de milho nesta região começou no início do século XX. Na década de 30 do século passado elas já eram plantadas. Em um anúncio de 1936, por exemplo, já se falava sobre a rentabilidade que o uso de um milho mais produtivo poderia trazer ao produtor. Segundo o agrônomo brasileiro Cézar Brasil, a tecnologia do híbrido inicialmente surgiu para trazer benefícios em termos de produtividade.

– À medida que o nível de produtividade foi aumentando, outros problemas foram surgindo. Pragas e doenças passaram a ser problemas mais graves do que eram anteriormente, passaram a ser fatores limitantes – diz.

Desde 1998, os híbridos Dekalb fazem parte da Monsanto e estão entre os que recebem as tecnologias desenvolvidas pela empresa. Em campos experimentais são feitas as avaliações das variedades e das diversas funções na lavoura. Neste ponto são testadas variedades de milho resistentes a pragas. Há variedade resistente não apenas a pragas da parte aérea, que fica acima do solo, mas também da parte subterrânea da planta. É cultivado também um milho com tolerância à seca.

O agrônomo da Monsanto, Randall Hess, explica que as pesquisas vêm sendo feitas há alguns anos, e neste período, acabaram coincidindo com o problema climático nas lavouras americanas. Segundo a empresa, nos Estados Unidos, essa tecnologia está em fase de testes em algumas fazendas e deve ser lançada comercialmente dentro de algumas safras. Mas não há previsão de quando deve estar no Brasil.

No mercado brasileiro de milho, há três tecnologias da empresa disponíveis comercialmente. A mais recente começou a ser vendida no ano passado. Une o controle de dois tipos de pragas e a tolerância ao herbicida glifosato. Ainda em 2011, foi aprovada uma tecnologia de tolerância ao glifosado e controle de três pragas, mas o lançamento comercial não tem data marcada.

Para o mercado brasileiro de soja, o foco está na chamada Intacta RR 2 PRO, aprovada em 2010 pela comissão técnica nacional de biossegurança e com aprovações de outros 13 países. Mas na safra 2012/2013, o cultivo vai ser limitado a áreas demonstrativas, porque falta a aprovação de países como a China, importante importador do grão brasileiro.

Segundo Randall Hess, os mercados consumidores precisam aceitar a Intacta para ela se tornar comercial.

– Para a Intacta se tornar comercial, é preciso que haja a aceitação dos mercados consumidores. Sobre o Brasil, sabemos que é um mercado muito forte e o caminho para a empresa é investir cada vez mais no país – diz.

Em visita ao centro de pesquisas da Monsanto em Monmouth, Illinois, pode-se ver até um milho brasileiro plantado em solo americano. Segundo o representante da empresa, por causa das diferenças de semente e de local, a planta se desenvolve, mas é pouco produtiva. Atento a cada passo da visita, o produtor Moisés Antônio Bocchi, que cultiva milho e soja em Sorriso, Mato Grosso, avalia que o Brasil precisa acelerar o desenvolvimento de novas tecnologias.

– Nós, infelizmente, estamos atrasados na questão da tecnologia, estamos avançando muito, mas não no que eles têm nos Estados Unidos. Eles têm uma tecnologia muito maior do que nós. Acredito que estamos até uns 10 anos atrasados.

O agrônomo brasileiro Cezar Brasil acredita que se houvesse um intercâmbio de informações sobre doenças e pragas encontradas nos Estados Unidos e no Brasil, as variedades brasileiras poderiam se beneficiar.

– O que acontece é que, geralmente, os problemas que ocorrem em uma região ou país não são necessariamente os que ocorrem em outra região ou país. Para aqueles problemas que são comuns às duas regiões – uma mesma praga, uma mesma doença – o benefício poderia ser usado mais prontamente, ou seja, se nós já temos um gene identificado e introduzido em algum material americano, esse material poderia ser utilizado no Brasil para que ocorresse a transferência desse gene para as variedades brasileiras.

*A equipe do Canal Rural viajou a convite da Caep, a empresa líder em intercâmbio no agronegócio no Brasil.

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