Região gaúcha espera safra recorde e alta rentabilidade no milho com agricultura de precisão

Experimento realizado na área das Missões demonstra que desembolso é maior com uso da tecnologia, mas eleva ganhos do produtor por hectare

Fonte: Canal Rural

O uso da agricultura de precisão está ajudando agricultores do Rio Grande do Sul a ter maior rentabilidade no milho, apesar da geada que atingiu a cultura. Na região das Missões, um experimento utilizando a tecnologia na produção do cereal demonstrou que é preciso investir cerca de R$ 4 mil por hectare, contra R$ 3,2 mil numa área convencional. A rentabilidade obtida na primeira foi superior, chegando a R$ 9,5 mil por hectare.

Nessa região, no noroeste do estado, os produtores já colheram 80% do cereal, e acreditam que atingirão recorde histórico de produtividade. A média de rendimento é de 200 sacas de milho por hectare, mas o objetivo é atingir 300 sacas por área em três anos.

Em uma propriedade nas Missões, a área foi dividida em duas partes, mantendo-se o mesmo espaçamento entre plantas em ambas as metades. Uma delas recebeu o manejo convencional, enquanto a outra foi conduzida com o uso de técnicas mais modernas, como a agricultura de precisão. 

A diferença de condução começa já no plantio. Em uma área, foi feito o sistema de distribuição precisa de insumos. O adubo usado tem mais potássio, o que ajuda no enchimento de grãos e na sanidade da cultura. A técnica também permite reduzir pela metade a aplicação de defensivos na lavoura, já que ela é realizada apenas se necessário.

O resultado dessa experiência foi apresentado nesta sexta-feira, dia 22, a produtores irrigantes.  Na área de agricultura de precisão, foram colhidas 40 sacas a mais, totalizando 270 por hectare. O investimento financeiro na plantação convencional foi de R$ 3,2 mil por hectare. Na área mais tecnificada, o custo sobe para R$ 4 mil. Mas, de acordo com os agricultores, o desembolso compensa pela possibilidade de obter R$ 9,5 mil de rentabilidade por hectare.