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Região Norte aumenta participação no Programa ABC

Destaque do ano, região Norte é a única a aumentar a contratação junto à linha federal de crédito voltada à agricultura de baixo carbono

Fonte: Pixabay

A região Norte do país ampliou a sua contratação do Programa ABC para 17,4% na safra 2015/2016. Este foi o destaque em um ano que o governo federal destinou 33% a menos de recursos ao Programa em relação à safra anterior.

Na safra 2015/2016, o governo federal destinou ao Programa ABC R$ 3 bilhões, 33% a menos em relação à safra anterior 2014/2015, R$ 4,5 bilhões. Mesmo assim, a conjuntura econômica refletiu nos resultados do Programa, que desembolsou apenas 68% dos recursos disponibilizados, dos quais foram contratados R$ 2,05 bilhões.

Única localidade a aumentar a contratação junto à linha federal de crédito voltada à agricultura de baixo carbono, a região Norte que na safra 2014/2015 havia uma participação de 9,6%, conseguiu elevar sua fatia para 17,4%.

Outra novidade desta safra foi o estado de Goiás ser, pela primeira vez, o que mais contratou recursos do ABC, com R$ 366 milhões, seguido de Minas Gerais, com R$ 273 milhões. São Paulo, que sempre ficou com a segunda colocação, passou para a quarta posição com R$ 194 milhões, enquanto Mato Grosso subiu uma posição e ficou com a terceira colocação, R$ 248 milhões.

Na safra 2015/2016, o BNDES atuou no engajamento de seus agentes para repasse do Programa ABC, contou Annelise Vendramini, uma das coordenadoras do relatório Análise dos Recursos do Programa ABC. “Em função de operação conjunta com o Banco do Brasil, tornou-se, pela primeira vez, o maior desembolsador de recursos do Programa ABC, aumentando sua participação de 11,7% na safra 2014/2015 para 58,8% na safra 2015/16”, explica ela.

Segundo o coordenador do Observatório ABC, Angelo Gurgel, o estudo dá continuidade ao trabalho realizado pelo Observatório de acompanhamento dos desembolsos do Programa ABC. Até o momento, este é o único instrumento de informação disponível ao público sobre a adoção da agricultura de baixa emissão de carbono no país. “Esta é uma iniciativa fundamental para aprimorar o conhecimento e a disseminação de uma agricultura mais produtiva e sustentável”, conta Gurgel.
 

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