? O regime é flexível e tem sido implementado desta maneira pelo BC ? disse Meirelles, ao abrir o seminário pelos 30 anos do Sistema Especial de Liquidação e Custódia (Selic).
O regime de metas não permite, contudo, “ambiguidade de propósitos”, ressaltou Meirelles. Segundo ele, o BC mantém-se “inequivocamente comprometido” com o regime de metas para a inflação com câmbio flutuante.
Meirelles criticou analistas “mais afoitos e menos informados”, segundo os quais o regime de metas não seria capaz de levar o país a superar a crise internacional. De acordo com o presidente do BC, dados recentes mostram que esse regime é extremamente adequado para enfrentar crises, além de períodos de normalidade, e “extremamente bem sucedido, particularmente no caso do Brasil”.
Ele comentou ainda o fato de o Brasil ter sido capaz de separar a gestão de liquidez da gestão de política monetária, o que gerou uma atuação mais eficaz diante da crise financeira.
? A sequência foi muito importante. Isso permitiu que a aplicação do incentivo fiscal a partir de dezembro tivesse um poder maior de alavancagem. E, depois [houve] um incentivo monetário clássico a partir de janeiro ? concluiu Meirelles, lembrando a adoção de medidas de intervenção no mercado de liquidez em moeda estrangeira, especialmente em dólar, além de reinstalações de funcionalidade dos mercados.