De acordo com Stephanes, enquanto a maioria dos países precisa dobrar a produção em 40 anos, o Brasil precisa chegar a essa meta na metade do tempo. Para ele, a produção só pode ser cumprida com sustentabilidade, e citou quatro premissas para garantir a produção.
O ex-ministro afirmou que a primeira delas é aumentar a eficiência das culturas.
? A cada 10 unidades adicionais, sete vêm por eficiência ou produtividades. Então, 70% do que precisamos de adicional pode vir por esse caminho ? aponta.
Outro ponto é a incorporação de áreas de pastagens para a produção. Isso garantiria, de acordo com o parlamentar, cerca de 50 milhões de hectares. O terceiro item citado por Stephanes seria o desmatamento de algumas áreas do Cerrado. Por último, apontou a irrigação como ponto para garantir a meta.
? Nessa parte de tecnologia, estamos muito bem situados. Nos últimos 10 anos, o Brasil foi o país que mais cresceu em eficiência. Ainda não é o mais eficiente, mas podemos nos tornar o mais eficiente nos próximos 10 ou 15 anos.
Crítica
Durante as perguntas do painel, o deputado criticou o Conselho Nacional do Meio Ambiente (Conama) e disse que o setor tumultua ao criar posições radicalizadoras.
? A questão ambiental virou monopólio de ambientalista. Só que, entre ser ambientalista e entender de meio ambiente, há uma diferença enorme. E muita gente sem conhecimento comandou as mudanças nos últimos anos ? completa.
O Fórum foi promovido pelo Canal Rural em parceria com a Sociedade Rural do Paraná. Além do ex-ministro, participaram do debate deputado federal Abelardo Lupion (DEM-PR), o representante da Federação da Agricultura do Estado do Paraná (Faep) Carlos Augusto Albuquerque e a promotora de Justiça Luciana Lepri, integrante da Liga Mundial dos Advogados Ambientalistas. O tema do painel foi “O Desafio de Produzir e Preservar”.
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