? A relação entre etanol e gasolina andou de lado ? comentou o coordenador-adjunto do Índice de Preços ao Consumidor (IPC), Rafael Costa Lima.
De acordo com especialistas, o uso do etanol deixa de ser vantajoso em relação à gasolina quando o preço do derivado da cana-de-açúcar representa mais de 70% do valor da gasolina. A vantagem é calculada considerando que o poder calorífico do motor ao etanol é de 70% do poder dos motores a gasolina.
Na cidade de São Paulo, na terceira quadrissemana do mês (30 dias encerrados em 22 de setembro), os preços do álcool subiram 3,77%, dentro do IPC, avançando comparativamente à variação de 3,06% na leitura anterior. O item ocupou a quarta posição no ranking dos aumentos que mais contribuíram com o IPC geral de 0,22%, com participação de 11,96%.
? A pressão (sobre o etanol) no final do ano não deve aumentar, pois a demanda já está caindo e, com isso, pode ser que os preços não subam muito mais ? comentou Lima.
Quanto à gasolina, os preços também ganharam força, com alta de 0,49%, ante 0,23% no levantamento anterior. Ambos, etanol e gasolina, contribuíram para a inflação de 0,11% no grupo Transportes.