? O projeto de lei já foi significativamente debatido na Câmara. A intenção, aqui no Senado, é promover poucas modificações para obter uma redação clara e objetiva ? disse o parlamentar.
Uma vez aprovada a constitucionalidade e analisados os aspectos regimentais da matéria, ela será encaminhada para votação nas comissões de Agricultura, Ciência e Tecnologia e na de Meio Ambiente, essa última que tem como relator o senador Jorge Viana (PT-AC). O petista destacou que o calendário de votação do projeto de lei não pode atrapalhar o debate do Código Florestal.
Jorge Viana destacou, entretanto, que é preciso que os senadores estejam unidos para passar a matéria rapidamente na Comissão de Constitucional e Justiça, deixando a apreciação do mérito para as outras três comissões onde será analisada.
A ex-senadora e ministra do Meio Ambiente no governo do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, Marina Silva, que participa de uma audiência conjunta das comissões disse que o Senado não pode ter pressa em votar o código que levou dois anos em apreciação na Câmara.
? Não pode haver interesses de setores nessa matéria ? afirmou Marina.
Ela criticou o texto do deputado Aldo Rebelo (PCdoB-SP), especialmente quanto à redução dos limites de áreas de proteção permanentes (APPs) e a anistia ao agricultores que desmataram essas áreas para produção agrícola ou pasto para gado.
Para ela, o movimento ambientalista vai buscar o diálogo com senadores “fugindo de rótulos” e apostando no convencimento dos parlamentares para que façam as correções no texto da Câmara.
Infográfico: Confira os dois lados do relatório
do Código Florestal aprovado na Câmara