? Parto do valor arredondado de R$ 540 ? anunciou o senador.
Ele informou que vai conversar nesta quinta, dia 4, com dirigentes de todas as centrais sindicais para debater o assunto.
Gim Argelo ressaltou que o valor do salário mínimo deve ser definido com responsabilidade e que não há expectativa de conceder para o próximo ano um salário mínimo que se aproxime de R$ 600.
? Não tenho essa expectativa de ultrapassar ou chegar perto de uma salário mínimo de R$ 600. Hoje não existe essa expectativa. Para cada R$ 1 que se sobe no salário mínimo temos uma diferença de R$ 286,4 milhões no Orçamento. Arredondar o salário mínimo para R$ 540 é uma realidade ? enfatizou o senador, que alegou falta de recursos orçamentários para bancar a proposta.
? Vamos escutar todas as centrais sindicais, saber da argumentação delas em cima de todas essas estimativas que foram colocadas nesta quarta [dia 3], e, a partir disso, vamos pensar em uma negociação de dois anos, como bem orientou a presidente eleita Dilma Rousseff ? disse.
De acordo com o relator, o impacto de um salário mínimo de R$ 540 é de R$ 400 bilhões na receita total do Orçamento.
O senador participou nesta quarta da reunião da Comissão Mista de Orçamento (CMO) que aprovou o relatório de receita que prevê mais R$ 17,7 bilhões para serem usadas pelo governo no próximo ano. Apesar do aumento na estimativa de receita e na expectativa de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB), Gim Argelo enfatizou que o cobertor do Orçamento ainda é muito curto.
? Temos demandas de toda ordem na saúde, na educação e na segurança. Com esse tanto de demanda, mesmo com esse aumento de receita, o cobertor do Orçamento continua curto ? reafirmou o senador.