A estimativa aponta que a área plantada total deve ser ampliada em 17%, passando de 70 milhões para 82 milhões de hectares. Os destaques são a soja e a cana-de-açúcar.
– A produção agrícola brasileira tem sido puxada pela soja. É natural essa expansão tanto em área de outras culturas, como em áreas novas. A cana-de-açúcar é outro produto que tem se expandido. Agora deu uma diminuída em função dos combustíveis, do preço dos combustíveis, mas São Paulo deve continuar liderando a produção de cana, e ela deve entrar fortemente, primeiro em Minas Gerais, depois em Goiás – afirma Gasques.
Para o presidente da Aprosoja Brasil, Almir Dalpasquale, o mercado atual não favorece as projeções do Ministério. Ele afirma ainda, que, mesmo com mudanças econômicas, a estimativa dificilmente deve ser alcançada.
– Eu acho que o governo trabalha com projeções sempre e isso tem pouco resultado. De fato, o que vai mandar muito no crescimento, tanto de área, como de produção no Brasil é a parte econômica, a parte da remuneração. E quando nós olhamos para Chicago do jeito que está, os preços basicamente batendo na trave de custo de produção, eu, particularmente, acredito que vai ser muito difícil para os produtores avançarem na velocidade que o Mapa está desenhando – diz Dalpasquale.
O relatório traz também projeções para a Pecuária. Até 2024, a produção de carne bovina deve crescer 22,8%; suína, 31,7%; e a de aves 35%.
– O mercado internacional está em expansão para as carnes, todas as carnes: de frango, bovina e suína. Acredito que o Brasil, nos próximos anos, procure novos mercados. E, no caso da carne de frango especificamente, é um produto com preços, tanto internos, quanto internacionais, relativamente mais baixos do que as outras carnes, isso faz com que a preferência seja maior pela carne de frango – destaca Gasques.